Hospital passou a considerar novo tratamento experimental que pode beneficiar o bebê
O Great Ormond Hospital de Londres está solicitando uma nova audiência ao Tribunal Superior para revisar o caso de Charlie Gard, depois que uma equipe de sete especialistas internacionais assinalou que um tratamento experimental poderia beneficiar o bebê de dez meses.
A equipe alertou o hospital de que dados novos e inéditos sugerem que um medicamento experimental poderia melhorar a condição cerebral de Charlie, que sofre da síndrome de esgotamento mitocondrial, uma doença rara genética que causa fraqueza muscular progressiva e pode provocar a morte no primeiro ano de vida.
Um dos assinantes da carta é um pesquisador e neurologista do Hospital Bambino Gesú, propriedade do Vaticano, em Roma, que ofereceu suas instalações a Charlie na semana passada. O Great Ormond Hospital disse que tinha se negado a esta transferência por razões legais.
“Dois hospitais internacionais e os respectivos investigadores comunicaram ao hospital, nas últimas 24 horas, que têm novidades sobre o tratamento experimental proposto”, disse um porta-voz do hospital, segundo a BBC.
“Nós acreditamos, tal como os pais de Charlie, que é correto explorarmos essa possibilidade de tratamento”, acrescentou.
Nesse sentido, “o hospital Great Ormond Street Hospital está dando a possibilidade à Suprema Corte de avaliar objetivamente as reivindicações das novas provas provenientes de estudos recentes”. “Será para que a Suprema Corte emita seu julgamento sobre esses fatos”, indicou.
O caso de Charlie atraiu a atenção internacional por diversas batalhas legais que seus pais, Chris Gard e Connie Yates, travaram na tentativa de salvar a vida de seu filho.
A decisão atual do hospital de solicitar a apelação é uma surpresa, depois que o tribunal negou aos pais que levassem Charlie a um hospital nos Estados Unidos para submetê-lo a tratamento experimental. Os pais tinham arrecadado mais de um milhão de dólares com este objetivo. Os juízes também tinha rejeitado seu pedido de levar o bebê para casa, para que morresse lá.
Tanto o hospital pediátrico do Vaticano como o Papa Francisco expressaram seu apoio a Charlie.
“O Santo Padre acompanha com afeto e emoção o caso do pequeno Charlie Gard e manifesta a sua proximidade aos seus pais”, indicou em uma declaração o porta-voz do Vaticano, Greg Burke, no último dia 2 de julho.
“Ele reza por eles, fazendo votos de que não seja negligenciado o seu desejo de acompanhar e cuidar do próprio filho até o fim”, acrescentou.
Em 30 de junho, o dia em deveriam desligar os equipamentos que ajudam o bebê a viver, o Papa também utilizou sua conta no Twitter para enviar uma clara mensagem a favor da vida do menino. “Defender a vida humana, sobretudo quando está ferida pela doença, é um dever de amor que Deus confia a todos”, afirmou.
Fonte: Aleteia