A Ilha Fernando de Noronha amanheceu mais triste neste domingo. Faleceu, aos 80 anos, a escritora, historiadora e poetisa Marieta Borges. Ela estava internada no Hospital Memorial São José, no Recife, tratando de um câncer no pâncreas. A Administração de Fernando de Noronha decretou luto de três dias em homenagem à Marieta Borges.
Ex-secretária de cultura e educação de Olinda, Marieta Borges foi responsável pelo resgate documental do arquipélago. É dela a autoria do livro Fernando de Noronha, cinco séculos de história. O livro começou a ser produzido em 1974 e foi lançado em uma edição comemorativa com apoio da Companhia Energética de Pernambuco. Depois, o livro foi relançado, de forma ampliada pela editora Universitária, da UFPE.
A obra tinha o objetivo de subsidiar os professoras da Escola Arquipélago. No entanto, foi o inicio da paixão de Marieta Borges pela ilha. Ela resgatou imagens e histórias curiosas do arquipélago. Se transformou numa figura marcante em Fernando Noronha pelo seu vasto conhecimento e pelo amor que fazia questão de exaltar. Marieta também escreveu também Lendas e fatos pitorescos de Fernando de Noronha.
O administrador da ilha, Guilherme Rocha, lamentou a morte de Marieta Borges, e destacou a importância do seu papel para a memória do povo noronhense. “É com profundo pesar que soubemos do falecimento da escritora, historiadora e poetisa Marieta Borges. Recentemente, estive com ela e a família, celebrando o aniversário de 80 anos. Marieta vinha lutando contra o câncer e mostrava força e amor à vida. Ela tinha uma história de vida muito ligada à ilha. Dedicou muitos anos de sua vida à história de Fernando de Noronha. Era impressionante vê-la falar com orgulho da história do arquipélago. O que fica na memória é a imagem de uma Marieta forte e feliz por ser parte importante de Fernando de Noronha. Que Deus a tenha num lugar iluminado. E aos familiares, força para suportar esse momento de dor.”
Marieta Borges deixa quatro filhas e quatro netos. Seu corpo foi velado nesta segunda-feira, as 7h, na Igreja do Carmo, em Olinda, aberto ao público. O sepultamento, na Igreja São Francisco, também em Olinda, apenas para familiares.
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