O papel da Igreja diante dos angolanos

No final deste mês, especificamente em 30 de junho, terminará formalmente a condição de “refugiado coletivo” para as pessoas que fugiram de Angola durante a Guerra da Independência de Portugal (1965-75) e também durante a Guerra Civil, em 2002.

No final do ano passado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) lançou um novo programa de retorno assistido para ajudar os angolanos a voltar para casa vindos dos países vizinhos.

No último dia 2 de junho mais de 13 mil angolanos voltaram ao país com a assistência do ACNUR, do quais 11 mil provenientes da República Democrática do Congo. Além destes milhares, ao menos outras 35 mil pessoas pediram ajuda do ACNUR para voltar a Angola antes que a condição de refugiado expire.

A recomendação de colocar fim à condição de refugiado coletivo aos angolanos foi encaminhada em janeiro com base nos progressos fundamentais registrados em Angola. A maioria das cerca de 600 mil pessoas que fugiram já tornou ao país.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o Bispo de Cabinda, Dom Filomeno do Nascimento Vieira Dias, explica quais estão sendo as principais medidas por parte da Igreja em facilitar o retorno e readaptação dos ex-refugiados.

“Faz um ano que a Igreja está empenhada de modo muito incisivo no acolhimento destes nossos irmãos, de modo particular nas dioceses de M’Banza Congo e Uijé, que tem vasta fronteira com a região do Baixo Congo. Aqui em Cabinda nós estamos empenhados com este projeto e, inclusive, nós recebemos apoio da Conferência Episcopal Italiana (CEI) para que possamos apoiar estes deslocados. Há projetos para o apoio na reinstalação nas respectivas aldeias de origem ou onde têm pontos de referências familiares. Entretanto, a Igreja está intervindo com apoio no setor habitacional, no setor educacional e no setor da legalização de documentos para que as pessoas tenham uma identidade angolana e possam – a partir destes documentos – ter acesso à escola e outros serviços. E, o mais importante, que sejam pessoas que estejam legalmente no país e, sobretudo, que não sejam confundidos com imigrantes ilegais. A Igreja está, com os meios que tem, fazendo a sua parte. Contamos também com a ajuda e solidariedade das comunidades locais, convidando-as a terem presente o sentido da ajuda e da partilha, dando-lhes o melhor acolhimento possível”.

Pensar no retorno obrigatório ao país de origem após 30, 40 anos é uma tarefa difícil para muitas famílias angolanas que criaram laços nos países em exílio. Essa também é uma das frentes em que a Igreja está atuando, como explica Dom Filomeno.

“Esta é a dificuldade que temos. Por um lado, há consciência de que são angolanos. Na sua maioria, foram para lá viver por todas as circunstâncias que Angola viveu e hoje regressam vindos de um contexto sociocultural diferente. Muitos tem a dificuldade da língua, a maioria não fala muito bem o português – mas entendem – e se não falam o português falam alguma língua local e estão a inserir-se. Aqui em Cabinda recebemos algumas pessoas que vieram da província do Zaire porque tiveram notícias de que suas famílias estavam vivendo agora por aqui e foram acolhidos pelos familiares. É uma série de dificuldades de quem vive uma situação inesperada e tendo que conviver com isso, não de braços cruzados, mas com certo dinamismo, certa esperança e com apoio da sociedade e das próprias estruturas estatais e da Igreja, nós estamos tentando ajudar estas pessoas”.

Fonte: Rádio Vaticano
Local: Cidade do Vaticano

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