O altar central do Santuário Nacional de Aparecida (SP), recebeu nesta quinta-feira (09), os bispos do Regional Sul 4 (Santa Catarina) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para a penúltima celebração eucarística da 57ª Assembleia Geral dos Bispos.
A Santa Missa foi presidida pelo bispo de Tubarão (SC) e presidente do Regional Sul 4, dom João Francisco Salm, que iniciou sua homilia refletindo sobre o regional, que compreende todo o estado Santa Catarina e a província eclesiástica de Florianópolis.
Composto por uma Arquidiocese e dez dioceses, segundo o bispo, o regional que completará 50 anos em janeiro de 2020 já doou muitos filhos e filhas para a vida sacerdotal, religiosa consagrada e missionária, entre eles os santos que por lá viveram como Santa Paulina, a bem-aventurada Albertina, padre Aloísio e frei Bruno.
A região de cerca de 7 milhões de habitantes, que vai do Atlântico a fronteira da Argentina, possui belas cidades praianas rios e lagos, serras, planalto e campos com quatro estações bem definidas: “altas temperaturas e frio rigoroso com geada e neve”, descreveu o bispo.
Dom Francisco lembrou ainda dos desafios que a região enfrenta por causa dos efeitos das alterações climáticas, dos projetos de mineração de carvão, fosfato e xisto.
O chamado a Santidade feito pelo Senhor e tão recordado pelo papa Francisco também esteve presenta na homilia do bispo de Tubarão (SC) que refletiu ainda sobre o amor de Deus, a partilha do pão e da conivência fraterna.
“Todos sentam em torno do pão. O pão nos une, nos torna amigos e nos faz mais irmãos. Dá-nos a oportunidade de conversar, de sorrir, de falar e de ouvir. Maravilhas que nos alimentam tanto. O pão reúne e ensina a conviver. A falta de pão distancia, dispersa, cria rupturas e conflitos”, ressaltou.
Ao finalizar a homilia, Dom Francisco salientou ainda que por meio do amor do Pai, como filhos de Deus pela Eucaristia “somos levados viver aqui na terra os valores do reino de Deus. O grande valor é o da boa convivência, o amor recíproco que Jesus nos quis fazer entender e mandou que praticássemos quando lavou os pés dos discípulos, ícone da Eucaristia e do mandamento novo do amor”.
E completou: “ Eis então, o milagre da Eucaristia. Comer a carne e beber o sangue eucarístico nos faz solidários. Nos compromete, nos faz viver, nos predispõe amar, a dar a vida. Tornamo-nos novas criaturas capazes de pelo testemunho e pelo anúncio forjar uma nova sociedade”, finalizou Dom Francisco pedindo a intercessão de Santa Paulina, da bem-aventurada Albertina e da Virgem Maria.