Por ocasião do Dia das Mães
Ao compor essa mensagem escrita, quero iniciá-la transcrevendo a parte inicial de “O Retrato falado de Dom Ramon Angel Jara”, traduzido por Guilherme de Almeida (As mais belas poesias de exaltações às mães), organizado por Aparício Fernandes, página 11:
“Uma simples mulher existe que, pela imensidão de seu amor, tem um pouco de Deus; e pela constância de sua dedicação tem muito de anjo; que, sendo moça, pensa como anciã e, sendo idosa age com as forças todas da juventude; quando inculta, melhor que qualquer sábio desvenda os segredos da vida, e, quando sábia, assume a simplicidade das crianças; pobre, sabe enriquecer-se com a felicidade dos que ama, e, rica, empobrecer-se para que seu coração não sangre ferido pelos ingratos…”
Faço minhas estas palavras tão belas e as dirijo a todas as mães brasileiras, que estão sofrendo com o coronavírus e, muitas ainda mais, com a pobreza que atinge grande parte das mães. Não faço média. Sei o que significa ter uma boa mãe e uma abençoada família. Eu não seria o que sou sem o aporte dos meus pais. Lutaram. Ofereceram a vida pelo futuro de seus filhos e filhas. Agora, certamente, na glória da Trindade, gozam eternamente da visão beatificante. O exemplo de meu pai e de minha mãe foi proteção e segurança para a minha luta, na perseverança da vocação.
As grandes personalidades começam pelo amor, respeito, exemplo e proteção dos pais, mormente da mãe, que além de gerar o nascituro, o acompanha mais de perto, desde o nascimento. Incide, de modo vigoroso, na formação do caráter e da personalidade de seus filhos. Mães felizes, ou ao menos preocupadas com a felicidade plena de seus filhos, os preparam para as lides futuras. Nesse tempo de pandemia, felizes os lares assistidos e protegidos por mães vocacionadas para a missão assumida. Quanto sofrimento e tristeza percebemos quando vemos os acontecimentos repassados pela mídia: revoltas, separações de casais, suicídios e homicídios. A falta de emprego e a pobreza afetam os lares mais pobres. De outro lado, a solidariedade cristã nem sempre acompanha o fenômeno da marginalização social, mesmo que já tenhamos tido exemplos edificantes.
Dirijo-me às mães: nós, filhos e filhas, contamos muito convosco. Vós sois as heroínas das famílias ou, ao menos, podeis tornar-vos e, em parte, já o sois. Parabéns! Não quero me estender neste artigo, pois já sofreis bastante. Quero congratular-me com as mães guerreiras, na melhor acepção do termo, e outrossim suplicar às que estão quase sucumbindo, para que se reanimem e continuem à luta, pelo bem desse patrimônio maior que é a família.
Mais uma vez, parabéns! Às mães que lutam, muitas bençãos da parte de Deus. Às que estão tergiversando, iluminação e força, bem como paz eterna e visão beatifica para todas as mães que estão na casa do Pai, para toda eternidade. Parabéns, mães, pelo dia que vos é consagrado e por todos os dias de vossas vidas. Possa Maria mãe de Jesus Cristo, nossa e vossa, estar sempre bem presente em vossos e nossos lares!
Parabéns!
Dom Carmo João Rhoden – scj