Mais de 100 mil pessoas se manifestaram no dia 22 de junho, em Guayaquil (Equador), em defesa da vida, da família e da Constituição.
Com o lema “Respeito à Constituição, à família e à vida”, os manifestantes exigiram a anulação de uma decisão da Corte Constitucional do Equador que abre as portas para o casamento gay e expressaram sua rejeição às tentativas de legalizar o aborto, o cultivo e consumo “medicinal” da maconha e a mudança de sexo de menores sem consentimento dos pais.
A marcha foi organizada por vários grupos que defendem a vida e a família.
Em um comunicado, os organizadores assinalaram que, “nos últimos dias, a Corte Constitucional mediante a sentença Nº. 11-18-CN/19 aprovou o casamento igualitário no Equador, violando o artigo 67 da Constituição que diz: O casamento é a união entre homem e mulher, com base no livre consentimento das pessoas contraentes e na igualdade de seus direitos, obrigações e capacidade jurídica”.
“O soberano, ou seja, o povo equatoriano, está defendendo seus direitos e luta para que não continuem aprovando leis que atentem contra a vida, a saúde e a integridade da família atacando os seres mais vulneráveis como são as crianças”, assinalaram
Além disso, advertiram que na Assembleia Nacional do Equador “está sendo realizado o segundo e último debate sobre a reforma do Código Integral Penal (COIP), em que se busca a legalização do aborto em cinco causas (exceções): incesto, estupro, inseminação não consentida, malformação congênita e abuso”.
“E no mesmo se estabelece o limite para terminar a gravidez até o 3º mês de gestação, ou seja, assassinar o bebê até a 14ª semana dentro do ventre materno”, indicaram.
Esta reforma do COIP, assinalaram, “também legaliza o plantio, cultivo e consumo de maconha ‘medicinal’, o que coloca as crianças e adolescentes em risco real de dependência em um estado que não foi capaz de controlar o uso de outras drogas”.
Por outro lado, denunciaram que a reforma do Código Orgânico de Saúde do Equador (COS) quer abrir as portas para a chamada “barriga de aluguel”, para a “mudança de sexo” de menores sem o consentimento dos pais e para obrigar os médicos a praticarem abortos.
Outro perigo é a tentativa de reformar o Código Orgânico da Infância e Adolescência para permitir a adoção de crianças por casais homossexuais.
Os organizadores da marcha multitudinária disseram que também estão coletando assinaturas “para continuar lutando até conseguirem a anulação destas leis e ir para referendo. As marchas continuarão nos próximos dias em outras cidades”.
Uma nova marcha será realizada em Quito, capital do Equador, no dia 29 de junho.