Inspirado por grandes encontros de jovens no mundo em eventos especiais ocorridos no Domingo de Ramos, em Roma, nos anos 1984 e 1985, o Papa João Paulo II estabeleceu a Jornada Mundial da Juventude como um evento anual – que passou depois a ser com intervalos de 2 a 3 anos – com o objetivo de alcançar novas gerações de católicos, propagando os ensinamentos da Igreja.
A Jornada Mundial da Juventude, também, conhecida como JMJ, ou originalmente, em italiano, Giornata Mondiale de La Gioventù (GMG) é, portanto, um evento religioso instituído pelo Papa João Paulo II, em 29/12/1985, que reúne milhões de católicos de todo o mundo, sobretudo jovens, com duração de cerca de uma semana; promove encontros para os jovens e com jovens. Reúne milhares de jovens para celebrar e aprender sobre a fé católica, para conhecer melhor a doutrina e para construir pontes de amizade e esperança entre continentes, diferentes povos e culturas, além de fazê-los compartilhar entre si a vivência da espiritualidade.
O evento é realizado numa cidade escolhida pelo Papa. Nos anos intermediários, as jornadas são vividas localmente, no Domingo de Ramos, pelas dioceses ao redor do mundo. Para cada jornada, o Papa sugere um tema retirado de um versículo bíblico. Assim, cada jornada possui um hino baseado no tema, patronos, intercessores e um logotipo.
Na edição de 1995, em Manila, Filipinas, o evento reuniu cerca de 4 milhões de pessoas, uma das maiores concentrações de católicos da história. A JMJ de 2013, realizada no Rio de Janeiro, reuniu cerca de 3,7 milhões de jovens, sendo a segunda maior concentração de jovens da história do evento.
Apesar de ser organizada pela Igreja Católica, a JMJ é um convite a todos os jovens do mundo.
A JMJ 2016 está se desenvolvendo, desde a última terça-feira, na cidade de Cracóvia, terra natal de São João Paulo II, na Polônia. Dentro do ano santo extraordinário da Misericórdia a JMJ é o ápice do jubileu. O Papa Francisco escolheu como tema: “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia”.(Mateus 5:7). A misericórdia também faz parte do pontificado do Papa Francisco, cujo lema é “Miserando atque eligendo” (“Olhou-o com misericórdia e o escolheu”).
Nas palavras do Papa João Paulo II, “a esperança de um mundo melhor está numa juventude sadia, com valores, responsável e, acima de tudo, voltada para Deus e para o próximo”.
O Papa Francisco, respondendo aos jovens na JMJ de Cracóvia exortou a juventude a avançar, perdoar e construir. Uma jovem que com frequência usa aquela linha de trem perguntou ao Papa como abater o medo e retomar a vida com alegria. Francisco respondeu que na vida carregamos muitas cicatrizes, mas a sabedoria está em saber prosseguir, ir avante, com as fatos bons e ruins que nos acontecem. “No final, o jogo é este: ou você vence ou a vida vence você! Vença você a vida, com coragem, inclusive na dor”, encorajou o Papa Francisco.
Não só o Papa Francisco, mais todos os peregrinos que estão em Cracóvia, ou outros que como eu, pelas mídias sociais e pela CTV acompanham a JMJ, pedimos a intercessão poderosas de São João Paulo II que nos inspire, a vencer a violência, o secularismo, a maldade humana e o terrorismo com o único remédio que nenhuma violência nos tirará: “Não tenhamos medo de abrir nossos corações para Cristo!”. Só Cristo pode vencer a maldade humana, a perseguição e nos trazer a paz. Só Cristo nos torna permanentemente jovens, e sempre homens transmissores da misericórdia, porque “bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!”.
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