Jesus ressuscitou verdadeiramente!

    Jesus ressuscitou verdadeiramente? Como é que podemos fazer uma experiência de encontro com Jesus ressuscitado? Como é que podemos mostrar ao mundo que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação? É, fundamentalmente, a estas questões que a liturgia do 3° Domingo da Páscoa procura responder.

    A insondável misericórdia de Deus nos chamou a ouvir a Palavra de Deus com o ingente apelo à conversão.

    O Evangelho(cf. Lc 24,35-48) assegura-nos que Jesus está vivo e continua a ser o centro à volta do qual se constrói a comunidade dos discípulos. É precisamente nesse contexto eclesial – no encontro comunitário, no diálogo com os irmãos que partilham a mesma fé, na escuta comunitária da Palavra de Deus, no amor partilhado em gestos de fraternidade e de serviço – que os discípulos podem fazer a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. Depois desse “encontro”, os discípulos são convidados a dar testemunho de Jesus diante dos outros homens e mulheres.

    No Evangelho, Jesus abriu a inteligência dos discípulos para que entendessem a razão pela qual era “preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim, na Lei de Moisés, nos profetas e nos Salmos”(Cf. Lc 24,44).

    A primeira leitura(cf At 3,13-15.17-19) apresenta-nos, precisamente, o testemunho dos discípulos sobre Jesus. Depois de terem mostrado, em gestos concretos, que Jesus está vivo e continua a oferecer aos homens a salvação, Pedro e João convidam os seus interlocutores a acolherem a proposta de vida que Jesus lhes faz. Pedro, já com a inteligência aberta, explicando que a paixão, morte e ressurreição de Cristo são conforme as Escrituras: “Deus cumpriu desse modo o que havia anunciado pela boca de todos os profetas”(At 3,18). Vemos no Evangelho Jesus estabelecendo os discípulos como testemunhas de sua paixão, morte e ressurreição. Na primeira leitura, vemos o Apóstolo Pedro, testemunhando o sofrimento de Cristo e a sua ressurreição dos mortos e, também, anunciando a conversão e o perdão dos pecados: “Arrependei-vos e convertei-vos para que os vossos pecados sejam perdoados”(Cf. At 3,19).

    A segunda leitura(Cf. 1Jo 2,1-5a) lembra que o cristão, depois de encontrar Jesus e de aceitar a vida que Ele oferece, tem de viver de forma coerente com o compromisso que assumiu essa coerência deve manifestar-se no reconhecimento da debilidade e da fragilidade que fazem parte da realidade humana e num esforço de fidelidade aos mandamentos de Deus. O apóstolo João, na segunda leitura, também fiel ao mestre, anuncia: “temos junto do Pai um Defensor: Jesus Cristo, o Justo. Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados(…)(Cf. 1Jo 2,1b).

    Neste domingo, estando em Aparecida, estamos todos de Retiro. Rezando por nossas Dioceses e pelo povo de Deus. Não se esqueçam, também, de rezar por todos nós, pastores que dão a sua vida em favor do povo de Deus!

    Por isso a missa de hoje é unissonamente um anúncio da conversão e do perdão em nome de Cristo. Vamos deixar de lado todo o fardo de pecados que nos oprime e guardemos a palavra de Cristo, para que a verdade esteja em nós e o amor de Deus seja plenamente realizado!

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