Jesus está vivo, Aleluia, Aleluia, Aleluia!

    A liturgia deste domingo celebra a Ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A Ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto.

    Se no presépio o amor eterno tornou-se criança, contemplemos o amor de Jesus Ressuscitado. Aquele que nos amou até o fim, agora é coroado na glória, pois o Pai agradou-se com tudo o que Ele fez. Jesus é a luz que dissipa as trevas. Que ressoe em toda a terra e em cada coração a certeza de que a vida sempre vence a morte.

    É Páscoa! É vida! É ressurreição! A vida plena que encontramos em Cristo, via completa, total, está fundada na Ressurreição de Cristo. Ela nos mostra que nossa realidade finita e nossa vida com tantas limitações encontram seu sentido no amor, que se dá sem reservas, com radicalidade, como o de Cristo. Quem ama não verá o fracasso.

    A primeira leitura(At 10,34a.37-43) apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens.

    O Evangelho(Jo 20,1-9) coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida não podem, nunca, ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira). Madalena corre, Pedro corre, o outro discípulo corre. Há uma pressa para saber onde está o Senhor. Que aprendamos, também nós, a sermos pressurosos nessa busca, mas não nos deixemos parar pelo sepulcro: tenhamos os olhos além, onde se encontra o autor de nossa fé.

    A segunda leitura(Cl 3,1-4) convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo baptismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude). Como ensina São Paulo, nossos corações se voltam para o alto. É por isso que, como respondemos na Missa, “nosso coração está em Deus”. Ele foi resgatado da morte para uma vida santa, acolhida pelo Pai e renovada na fé. Jesus, que passou a vida fazendo o bem, continua em nosso meio com sua graça infinita. Ressuscitado dos mortos, já não morre, e assim nos alimenta com o pão prometido; um pão que não perece e uma água de vida eterna.

    Com os olhos erguidos para o alto da cruz, o ser humano enxerga a si mesmo. Com os olhos sobre a pedra rolada, olhamos para trás e percebemos, sem poder explicar, o mistério que nos une.

    Neste dia santo as trevas fogem para longe e o Sol Invicto brilha sobre nós. Ao celebrarmos a Páscoa anual do Senhor, razão primordial de nossa fé em Cristo Jesus, a Igreja e cada um de nós dá louvor ao Pai por ter resgatado o seu Unigênito da mansão dos mortos e por nos ter inserido na vida plena pela Ressurreição de seu Filho. Desejo a todos os meus leitores uma Santa e abençoada Páscoa. Alegremo-nos, hoje, com a Ressurreição de Cristo e a proclamemos em todos os quadrantes do mundo! Jesus Cristo Ressuscitou verdadeiramente, Aleluia, Aleluia, Aleluia!

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