Igreja/Sociedade: Movimentos cristãos defendem valorização dos trabalhadores e suas famílias

A worker walks in the Lameirinho textile plant in Guimaraes January 31, 2012. Portugal, Western Europe's poorest country, is in its deepest recession since the few turbulent years after the return of democracy in 1974. It was forced into an EU/IMF bailout last year, unable to service its debts and its firms starved of funding. Even before the euro zone debt crisis, the textile sector, a mainstay of Portugal's economy, had been hammered by cheaper competition from Asia, changes to the European Union's customs regime and weak domestic demand. Over the past decade, it shed nearly a third of its output and 36 percent of jobs. Picture taken January 31, 2012. To match Analysis PORTUGAL-TEXTILES/ REUTERS/Rafael Marchante (PORTUGAL - Tags: BUSINESS TEXTILE INDUSTRIAL EMPLOYMENT)

Encontro Ibérico e reunião diocesana em Braga deixam alertas sobre problemas laborais

Lisboa, 18 mar 2018 (Ecclesia) – Os responsáveis ibéricos dos movimentos cristãos de trabalhadores alertaram, em comunicado, para a persistência dos “níveis de desigualdade” em Portugal e Espanha, denunciando ainda a “financerização da economia”.

Em comunicado enviado à Agência ECCLESIA, a Comissão Permanente da HOAC, (Hermandad Obrera de Acción Católica) de Espanha, e a Equipa Executiva Nacional da LOC/MTC (Movimento de Trabalhadores Cristãos) de Portugal, alertam para as “mudanças impostas pelas reformas laborais que debilitam os direitos do trabalho e deterioram a vida dos trabalhadores e das suas famílias”.

Os responsáveis reuniram-se em Fuenteheridos (Huelva), de 14 a 16 de março.

O comunicado destaca o papel dos sindicatos como “instituições essenciais à construção de sociedades mais democráticas”, pedindo que se repitam encontros com organizações sindicais à imagem do que aconteceu no Vaticano, por iniciativa do Papa Francisco.

Em Braga, os militantes da LOC/MTC da Arquidiocese minhota estiveram reunidos este sábado, num encontro de formação em que se debateu, entre outros temas, a necessidade de adaptar os postos de trabalho para evitar “acidentes e desgastes físicos”, recorrendo a novos conceitos tecnológicos, e de salvaguardar a saúde dos trabalhadores.

“Reafirmamos a necessidade de que todos tenham trabalho e disponham dos meios de sobrevivência com dignidade; reivindicamos que seja reconhecido o estatuto do trabalhador. Sabemos que trabalho queremos: trabalho livre; criativo; participativo e solidário”, assinala um comunicado enviado à Agência ECCLESIA.

O documento fala nos trabalhadores como “o mais importante capital” e pede “novas soluções que permitam uma harmonia entre a família e o trabalho”.

O encontro terminou com a celebração da Eucaristia a que presidiu o cónego João Aguiar Campos, antigo diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.

 

Fonte: Agência ECCLESIA

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