Ideologia de gênero em universidade católica?

Os grãos-chanceleres devem impedir congressos universitários cuja temática esteja em detrimento da ética cristã

Enquanto membros eminentes da Igreja, prelados e leigos, fazem da tripa coração, para banir a chamada ideologia de gênero, que ameaça conspurcar a mente de criancinhas, numa entidade católica, a PUC-RS, ao que tudo indica, salvo melhor juízo,  dar-se-á amplo espaço aos defensores da famigerada ideologia. É o que se depreende da leitura desta propaganda:

http://www.anpof.org/portal/index.php/en/comunidade/calendar-pack104fe6/item/126-eventos-nacionais-e-internacionais-no-brasil/11167-i-semana-de-estudos-sobre-generos-sexualidade-e-feminismos

Infelizmente, boa parte dos professores das instituições confessionais desconhece a doutrina moral cristã. Destarte, sob o incessante influxo do ideário marxista, menoscaba-se a ética pregada por Jesus Cristo e inculcam-se as inovações contrárias à família. No entanto, reza o cânon 810, §1.º, do C.I.C., que se devem nomear para as universidades católicas professores que se sobressaiam pela integridade da doutrina (“doctrinae integritate”).

A ideologia de gênero encontra-se legalmente proscrita na sociedade, sendo defeso a qualquer estabelecimento de ensino, público ou privado, implantar os tais conceitos ideológicos. Ouvi dizer que, não faz muito tempo, numa tradicional escola católica, situada no município de São Paulo, no território da arquidiocese homônima, promoveu-se o “dia da inversão”, ou algum nome similar, quando se estimulou o corpo discente a vir à aula travestido: os meninos com roupas de garotas e as meninas trajadas com vestuário masculino. Se esta história for verídica, a intervenção direta do bispo se faz necessária.

As autoridades eclesiásticas têm de agir com rigor, ad baculum, coibindo qualquer incentivo à mefistofélica ideologia de gênero, mormente no âmbito de estudos acadêmicos. Há uma antítese inextricável entre o catolicismo ou cristianismo – que são a mesma coisa – e as propaladas teses da ideologia de gênero.

A Igreja mantém universidades como mediação sociológica, com vistas, em última análise, a proclamar o evangelho. Aliás, todas as instituições eclesiásticas possuem um caráter evangelizador. Vejamos o que preceitua o artigo 5.º das Diretrizes e Normas para as Universidades Católicas no Brasil (Doc. 64; CNBB): “Missão da universidade católica é servir à humanidade e à Igreja: garantindo, de forma permanente e institucional, a presença da mensagem de Cristo, luz dos povos, centro e fim da criação, no mundo científico e cultural (…).” Demais, estatui a constituição apostólica “Ex Corde Ecclesiae”, a lei canônica que disciplina as universidades católicas, que uma das características essenciais desse jaez de instituição de ensino consiste na “fidelidade à mensagem cristã tal como é apresentada pela Igreja” (13, 3).

Fonte: Zenit

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