O ser humano egoísta, fechado em si mesmo, procura a própria glória. Jesus, cumprindo a vontade do Pai, dá glória a Deus e mostra que o projeto divino é ser plenamente humano: as pessoas o executarão vendo o amor que tem como único ponto de referência a vida e ação de Jesus.
Para realizar esse projeto divino-humano, os cristãos são convidados a reforçar constantemente suas opções, a fim de superar, vitoriosos, as tribulações, mantendo-se unidos na fé e no amor.
Em Jesus, Deus se tornou um de nós, tornando possível a intimidade de Deus com as pessoas. Na tensão da caminhada, impulsionados pela presença ativa do Cordeiro, os cristãos irão descobrindo e construindo a Nova Jerusalém.
O Evangelho nos convida a responder: o que significa hoje “dar glória a Deus”? É possível dar glória a Deus sem amar como Jesus, a ponto de dar a vida? Qual o ponto de referência para que a comunidade pratique o mandamento do amor?
O texto dos Atos caracteriza a dinâmica da caminhada comunitária: confirmar as opções, avaliar o trabalho feito, enfrentar os sofrimentos para entrar no Reino de Deus e procurar sentir a presença de Deus na caminhada da comunidade.
O texto do Apocalipse mostra, por um lado, a obra de Deus realizada pelo Cordeiro: Deus é o companheiro que veio morar conosco. Por outro lado, fala da tarefa que cabe à comunidade cristã: transformar a Babilônia em que vivemos em Nova Jerusalém, mudando pela raiz as nossas relações.
Será que já refletimos sobre isto? O mundo está tão influenciado pelo egoísmo, pela ganância, pela violência, que nos transformamos em seres fechados, agressivos que só pensamos em “salve-se quem puder”. Cada um se preocupa consigo mesmo e se esquece dos outros, sem perceber que viver em comunidade é bem melhor que viver num mundo só seu. Que saibamos mudar nossa atitude, rever nossas ações e construir o mundo que Deus quer para nós.