Hoje foi anunciada a noticia aguardada com carinho: A Diocese de São José do Rio Preto é elevada a Arquidiocese e seu Bispo Diocesano passa a ser o primeiro Arcebispo. Nossa unidade e orações! Fico muito feliz com esse fato, pois, como é de conhecimento público eu fui o terceiro Bispo Diocesano de São José do Rio Preto tomando posse em 1º. de maio de 1997 sucedendo a Dom José de Aquino Pereira, segundo Bispo Diocesano. Governei esta Diocese até 13 de outubro de 2004 quando fui nomeado Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará. Em São José do Rio Preto fui seu bispo por 7 anos, 7 meses e 7 dias. Preparei, no meu governo, a elevação canônica e criação da Diocese de Catanduva e deixei tudo pronto para que a gigante Província Eclesiástica de Ribeirão Preto fosse dividida e fosse erigida canonicamente a Arquidiocese de São José do Rio Preto que, por vontade de Deus e decreto do amado Papa Leão XIV, foi instituída neste dia 22 de maio de 2025. Festa de Santa Rita de Cássia. Providência de Deus que a primeira Arquidiocese criada pelo novo Papa seja no pujante Noroeste Paulista. A ocupação da região de São José do Rio Preto (SP) começou no século XIX, com a vinda de famílias até então residentes em Minas Gerais em busca de terras férteis para a agricultura. Chegaram por volta de 1840. A 19 de março de 1852, Luís Antônio da Silveira e sua mulher, dona Tereza Francisca de Jesus, doam terras para o patrimônio de São José, onde haveria de ser construída uma pequena igrejinha, de pau-a-pique e coberta de sapé. Nessa época, o bairro de Rio Preto pertence ao município de São Bento de Araraquara. Em torno dessa capela, ergueram-se modestas casas de pau-a-pique dando origem ao povoado. A Capela dedicada ao padroeiro São José foi consagrada em 1854, pelo Padre José Maria de Oliveira, da cidade de Araraquara. Em 1857, a igrejinha construída pelos primeiros habitantes da cidade é oficialmente instituída como Capela. Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, bispo de São Paulo, determina a criação da Paróquia de São José, concedendo-lhe provisão no dia 15 de janeiro de 1882. Em 1º de janeiro de 1884, o vilarejo ganha um pároco. É o Padre José Bento da Costa que exerceu o cargo até fevereiro de 1896. A ele se deve o traçado da primeira planta da futura cidade, pois ele encomendou esse trabalho ao engenheiro italiano Ugolino Ugolini por volta de 1894 – 1895. A Primeira Capela de São José do Rio Preto, construída a partir de 1854 e ampliada em 1867. A cidade cresceu, a capelinha foi substituída. Em 1912, a primeira capela foi demolida, e no dia 26 de maio desse mesmo ano, foi lançada a pedra fundamental da nova Igreja Matriz. Em 04 de setembro de 1914, Dom José Marcondes de Homem de Mello deu a bênção solene na nova igreja, que apenas haveria de ser concluída em 1930. Em 1925, o povo rio-pretense é comunicado sobre a futura divisão da Diocese de São Carlos com a criação das Dioceses de Rio Preto e Jaboticabal. A partir daí, toda comunidade católica se mobilizou, criando uma comissão incumbida da organização do patrimônio do novo bispado e de levantar fundos para a construção da Catedral, do Palácio Episcopal e do Seminário. Mas a criação do Bispado só ocorreu mesmo no dia 25 de janeiro de 1929, através de uma Bula do Papa Pio XI. Nesse momento inicial, a diocese era composta por 15 paróquias, mencionadas na Bula de criação: “Rio Preto, Ibirá, Santa Adélia, Tabapuã, Mirassol, Nova Granada, Monte Aprazível, Tanabi, Ariranha, Catanduva, Potirendaba, Inácio Uchoa, Cedral, José Bonifácio e Fernando Prestes”. Entretanto, faltava o bispo. Aos 8 de agosto de 1930, o Papa Pio XI nomeia Dom Lafayette Libânio como Bispo da Diocese de Rio Preto. Ele toma posse em 22 de janeiro de 1931 e governa a diocese até 1966. Dom Lafayette chegou a Rio Preto por meio da Estrada de Ferro Araraquarense. Foi recebido por uma grande multidão de fiéis organizada pelo prefeito João Augusto de Pádua Fleury. O primeiro bispo de Rio Preto foi saudado oficialmente pelo advogado Luiz Ferreira Nunes, que falou em nome de todos os fiéis presentes ao evento. À frente da Diocese de 1931 a 1966, Dom Lafayette Libânio foi o responsável pelos primeiros passos de um sonho construído em conjunto por homens e mulheres que não mediram esforços para se dedicar aos desafios da Igreja particular de São José do Rio Preto. Com um trabalho verdadeiramente missionário, Dom Lafayette percorreu sua imensa diocese, enfrentando estradas poeirentas no verão, encharcadas e lamacentas no período das chuvas. Nas prolongadas visitas paroquiais, no início, viajou em lombo de cavalo, pousando em choupanas simples, muitas vezes úmidas. Mais tarde, viajou em carro, mas as estradas continuavam mal tratadas, estreitas e com muitos buracos. Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, Dom Lafayette fez uma promessa à Padroeira do Brasil, pedindo sua proteção, para que a guerra não chegasse ao território diocesano. Como seu pedido foi atendido, cumpriu sua promessa em 1943, data da consagração da Basílica Nossa Senhora Aparecida. Além disso, Dom Lafayette não mediu esforços para efetivar a instalação de um Seminário Menor Diocesano. Nomeou Monsenhor Gregório Naffría para empreender a construção, terminada e inaugurada em 1944. Em 1940, aconteceu o Primeiro Congresso Eucarístico Diocesano e, em 1949, o Congresso Eucarístico Mariano Provincial. Os dois Congressos reuniram muitos fiéis e contou com a presença de autoridades religiosas, bispos, o arcebispo de São Paulo e demais autoridades civis. Esses dois acontecimentos tornaram a cidade e toda a região conhecidas em todo o país. Em 1929, ano da criação da Diocese, a família Spínola Castro doou à diocese um terreno de 10.800 metros quadrados, no bairro Boa Vista. Nesse ano, Dom José Marcondes, bispo de São Carlos, colocou a pedra fundamental da casa do futuro bispo, porém somente em 1946, foi organizada uma comissão definitiva para a construção do Palácio Episcopal. O prédio foi inaugurado no dia 12 de novembro de 1947. Dom Lafayette se mudou para a Avenida Constituição, onde residiu até a sua renúncia canônica em 1966. Depois dele veio D. José Aquino Pereira, que organizou a Diocese e estabilizou-a financeiramente. Couve a mim pedir a mudança de nome da Diocese de Rio Preto para São José do Rio Preto e dar os passos para a criação da Diocese de Catanduva. Agora a Diocese de São José do Rio Preto foi elevado à Sede Metropolitana tendo como Dioceses sufragâneas as Dioceses de Jales, Catanduva, Barretos e Votuporanga. A Província Eclesiástica é a subdivisão da Igreja em um Estado dentro de um país. Dependendo do seu tamanho, ele é dividido em regiões, agrupadas em províncias, que são dioceses reunidas não apenas com base em critérios geográficos, mas principalmente pastoral, que sejam mais ou menos comuns. Ideia é proporcionar uma comunhão entre dioceses próximas no sentido da atuação pastoral. A província eclesiástica é um conjunto de dioceses próximas territorialmente, que tem como sede a Arquidiocese Metropolitana jurisdicional, com o objetivo de promover uma ação comum por parte de dioceses vizinhas e favorecer eficazmente a mútua relação entre os bispos. A a razão fundamental da existência de uma Província Eclesiástica, ou seja, de uma Arquidiocese com suas dioceses sufragâneas, é de ordem pastoral. Em sinodalidade, buscar-se-á apoio mútuo, intercâmbio de experiências, maior comunhão, participação e missão entre Igrejas Particulares próximas fisicamente. Desejamos a Dom Antônio Emídio Vilar, primeiro Arcebispo de São José do Rio Preto, as melhores bênçãos de Deus para a sua bela missão de Metropolita! São José de Botas ilumine o seu ministério de Arcebispo Metropolitano.

    Celebramos neste dia 22 de maio a memória litúrgica de Santa Rita de Cássia, uma santa muito cultuada e popular aqui no Brasil, conhecida como a santa das causas impossíveis. Santa Rita é celebrada em um mês especial para a Igreja, considerado o mês mariano e o mês das mães, com a celebração de Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora Auxiliadora.

    Santa Rita nos ensina a ser perseverantes e a confiarmos sempre em Deus. O milagre virá, mas não no nosso tempo, e sim no tempo de Deus. Santa Rita nos ensina a não desistirmos da oração. Ela rezou uma vida inteira pela conversão de seu esposo e de seus filhos. Por isso, não desistamos da oração, pois, no tempo certo, Deus nos atenderá.

    Santa Rita de Cássia é celebrada em um mês especial para a Igreja, no qual se celebra Nossa Senhora de Fátima, no dia 13; Nossa Senhora Auxiliadora, no dia 24; e a Visitação de Nossa Senhora a sua prima Santa Isabel, no dia 31. O mês de maio é o mês mariano por excelência e também o mês das mães. É costume oferecermos rosas a Nossa Senhora, sobretudo ao rezarmos uma Ave-Maria — em cada Ave-Maria é como se oferecêssemos uma rosa à Virgem Maria.

    Por coincidência, Santa Rita é a santa das rosas e, ao final da celebração, oferecemos rosas a ela junto com o pedido pelo qual queremos sua intercessão. Quando recebemos a graça, no ano seguinte voltamos a oferecer rosas a Santa Rita em ação de graças. Aquele pedido que parecia impossível se torna possível por sua intercessão.

    Nesse dia, as igrejas dedicadas a Santa Rita de Cássia costumam ficar lotadas, pois, como dissemos, ela é uma santa bastante popular. Se possível, participe da missa nesse dia dedicado a Santa Rita e reze com fé, pedindo que ela interceda junto de Deus por você e sua família. Aproveite para oferecer rosas a Santa Rita em forma de agradecimento pelo pedido atendido. Santa Rita de Cássia é considerada a advogada das causas “impossíveis”, conforme é dito na oração dedicada a ela. Peçamos com fé que advogue em nosso favor.

    Rita de Cássia era filha única e nasceu em 1381, na província de Roccaporena, nas montanhas perto de Cássia, região da Úmbria, na Itália. Era filha de Antônio e Amata Ferri, um casal muito piedoso e querido por todos. Eles não sabiam ler nem escrever, mas ensinaram à filha o essencial: a fé em Jesus Cristo e em Nossa Senhora. Também contavam histórias de santos e santas, o que contribuiu muito para a formação de Rita.

    Desde pequena, Santa Rita tinha o desejo de ser religiosa e entregar sua vida totalmente a Deus. No entanto, isso só aconteceria anos mais tarde, após ficar viúva e perder seus filhos. Antes de ser religiosa, ela precisava enfrentar tribulações familiares e rezar muito por sua família. Seus pais queriam que ela se casasse e lhe arranjaram um marido, como era costume na época.

    O marido escolhido foi Paolo Ferdinando, o que não foi uma boa escolha, pois Paolo era infiel no matrimônio e tinha o hábito de beber em excesso. Por causa dele, Santa Rita sofreu muito durante os dezoito anos em que foi casada. Eles tiveram dois filhos, e Rita demonstrou muita paciência e resignação durante todo esse tempo de sofrimento. O que sempre a sustentou foi sua grande fé e a certeza de que Deus reservava algo maior para ela.

    Apesar de todo o sofrimento, ela nunca deixou de rezar por Paolo e por sua conversão. Com o passar do tempo, graças à oração insistente de Rita, aquele homem rude e bruto se transformou. Paolo se converteu e mudou completamente sua vida conjugal. As amigas de Rita vinham lhe pedir conselhos, querendo saber como ela havia conseguido transformar aquele homem, e ela respondia que o segredo era a oração.

    Apesar de convertido, Paolo havia deixado na cidade algumas rixas e inimizades. Certo dia, saiu para trabalhar e não voltou mais. Santa Rita sentiu em seu coração que algo grave havia acontecido. No dia seguinte, ele foi encontrado morto — havia sido assassinado. Os dois filhos de Santa Rita queriam vingar a morte do pai. Ela, então, passou a rezar intensamente para que Deus não permitisse que eles cometessem tal pecado. Pouco tempo depois, ambos adoeceram gravemente. Antes de morrerem, Santa Rita rezava com eles e os ajudou a se converterem ao amor de Deus e ao perdão. A graça foi tão grande que os filhos de Rita conseguiram perdoar os assassinos do pai antes de morrerem.

    Vemos que, pela persistência na oração e com os joelhos dobrados, Deus ouviu as preces aflitas de Santa Rita e a atendeu. Seus filhos não precisaram sujar as mãos com vingança, e ainda perdoaram os assassinos. Por isso, ela é conhecida como a santa das causas impossíveis e nos ensina a perseverar na oração até o fim.

    A partir do momento em que se vê sozinha, viúva e sem filhos, Santa Rita volta a nutrir em seu coração o desejo de infância: servir a Deus mais de perto, pela vida religiosa. Começa, então, a rezar para que essa graça se concretize.

    Ela quis entrar para o convento das Irmãs Agostinianas, mas as religiosas tinham muitas dúvidas sobre sua vocação, pois não sabiam se era um desejo verdadeiro ou apenas consequência das perdas recentes. Como o marido havia sido assassinado e os filhos morrido de peste, as irmãs recusaram sua entrada. Como toda vocação precisa ser discernida, as freiras agiram com cautela. Mas, no caso de Santa Rita, era mesmo um chamado de Deus.

    Certa noite, enquanto dormia, Rita teve um sonho: ouviu o Senhor chamá-la pelo nome três vezes. Ela abriu a porta e viu São Nicolau, São Francisco e São João Batista. Eles pediram que ela os seguisse. Após caminharem juntos pelas ruas, os santos desapareceram, e Rita sentiu um suave empurrão. Ela caiu em êxtase e, ao recobrar a consciência, estava dentro do mosteiro — que se encontrava com as portas fechadas. Deus havia operado um milagre. As freiras, ao verem isso, entenderam que se tratava de uma obra divina e a aceitaram. Rita viveu ali por quarenta anos.

    Um dos milagres atribuídos a Santa Rita foi o seguinte: a madre superiora, duvidando de sua vocação, mandou que ela regasse diariamente um pedaço de madeira seca no jardim do convento. Rita obedeceu com paciência e amor. Após um ano, para surpresa de todos, o milagre aconteceu — o pedaço de madeira seco se transformou em uma bela videira que dá uvas.

    Outro milagre atribuído a Santa Rita foi quando, orando aos pés da cruz, ela pediu a Jesus que pudesse sentir um pouco da dor que Ele sentiu na crucificação. Um dos espinhos da coroa de Jesus cravou-se em sua cabeça. A ferida foi tão profunda que ela precisou se isolar das outras irmãs. Intensificou, então, suas orações e jejuns. A ferida permaneceu por quinze anos, exceto por um breve período em que, durante o Ano Santo, foi curada para que ela pudesse ir a Roma. Ao retornar ao mosteiro, a ferida voltou a se abrir.

    No dia 22 de maio de 1457, o sino do convento começou a tocar sozinho. Santa Rita, então com 76 anos, teve sua ferida cicatrizada e seu corpo começou a exalar cheiro de rosas. Uma freira chamada Catarina Mancini, que tinha um braço paralisado, ao abraçar Santa Rita em seu leito de morte, ficou curada. Esse foi o terceiro milagre atribuído à santa. No lugar da ferida apareceu uma mancha vermelha que exalava um perfume celestial. Logo uma multidão se formou para vê-la, e foi preciso levar seu corpo para a igreja, onde permanece até hoje, exalando suave perfume que impressiona a todos.

    Santa Rita de Cássia foi beatificada em 1627, em Roma, pelo Papa Urbano VIII. Sua canonização ocorreu em 1900, no dia 24 de maio, pelo Papa Leão XIII, e sua festa litúrgica foi fixada no dia 22 de maio. A devoção a Santa Rita é muito forte em todo o Brasil.

    Recordemos também, nesse dia, todos aqueles que se chamam Cássia, Cássio, Rita ou Rita de Cássia. Que Deus infunda no coração dessas pessoas a mesma fé de Santa Rita e que elas possam perseverar até o fim.

    Celebremos com alegria a memória litúrgica de Santa Rita e que ela seja para nós exemplo de fé e persistência na oração. Devemos rezar sempre e pedir com fé aquilo que desejamos, pois, na hora certa, a graça virá. Santa Rita é considerada a santa das causas difíceis. Entreguemos a ela todas as nossas causas e, com fé, alcançaremos aquilo que necessitamos. Amém.

    Oração a Santa Rita de Cássia:

    Ó poderosa e gloriosa Santa Rita de Cássia, eis, a vossos pés, uma alma desamparada que, necessitando de auxílio, a vós recorre com a doce esperança de ser atendida por vós, que tendes o título de Santa dos casos impossíveis e desesperados.

    Ó cara santa, interessai-vos pela minha causa, intercedei junto a Deus para que me conceda a graça de que tanto necessito (fazer o pedido).

    Não permitais que eu me afaste de vossos pés sem ser atendido.

    Se houver em mim algum obstáculo que me impeça de alcançar a graça que imploro, auxiliai-me para que o afaste.

    Envolvei meu pedido em vossos preciosos méritos e apresentai-o a vosso celeste Esposo, Jesus, em união com vossa prece.

    Ó Santa Rita, ponho em vós toda a minha confiança.

    Por vosso intermédio, espero tranquilamente a graça que vos peço.

    Santa Rita, advogada dos impossíveis, rogai por nós.

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