Este ano, serão contemplados projetos ecumênicos
Desde a sua criação, em 1998, o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), vem apoiando centenas de projetos sociais em diferentes regiões do país. A iniciativa, aprovada durante a 36ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), é resultado da Coleta da Solidariedade realizada no Domingo de Ramos. Somente no período de 2010 a 2015, foram atendidos mais de 1760 projetos.
Essa arrecadação de fundos integra as atividades da Campanha da Fraternidade, com participação efetiva das dioceses, paróquias e comunidades. Do valor total arrecadado nas coletas das missas, 40% são enviados ao Fundo Nacional da Solidariedade, gerido pela CNBB. Os outros 60% atenderão a projetos sociais das arquidioceses, administrados pelos respectivos Fundos Diocesanos de Solidariedade (FDS).
De acordo com o bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, o FNS é fruto do gesto concreto dos cristãos, que por meio das doações, colaboram com projetos de erradicação de vulnerabilidade e risco social em diversas regiões do Brasil.
“O Fundo de Solidariedade é um gesto profundo de conversão durantes a caminhada quaresmal. Ajuda a manter pequenos projetos das Pastorais Sociais, atividades de renda, nas periferias, na agricultura familiar, entre outros”, explica dom Leonardo.
Campanha Ecumênica
O Fundo Nacional da Solidariedade deste ano apoiará projetos ecumênicos, dentro da proposta da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 (CFE). Com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5.24), a CFE é realizada em parceria com o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (Conic).
A proposta está em sintonia com a Encíclica do papa Francisco, “Laudato Si”, buscando debater com a sociedade questões do saneamento básico a fim de garantir desenvolvimento, saúde integral e qualidade de vida aos cidadãos.
A CFE começou no dia 10 de fevereiro e se encerrará no Domingo de Ramos, 20 de março, com a Coleta da Solidariedade. “A coleta deste ano tem um significado muito importante destinada ao Fundo Nacional de Solidariedade Ecumênico. Teremos representantes de cada igreja do Conselho Nacional de Igrejas Cristãs para compor o conselho gestor deste fundo”, explica dom Leonardo.
Ainda, segundo o bispo, o gesto fraterno da oferta tem um caráter de conversão quaresmal, com atenção a valorização da vida. “Nós somos uma Igreja viva e ativa, que realmente se preocupa com os pobres e está ao lado dos pobres. Queremos ajudar para que todos se sintam filhos e filhas de Deus”, disse.
Seleção de projetos
Os processos de recebimento, análise, deferimento e acompanhamento de todos os projetos são de responsabilidade da CNBB, por meio do Conselho Gestor do Fundo Nacional de Solidariedade e Departamento Social. O período para envio dos projetos ocorreu nos meses de setembro e novembro do ano passado.
O FNS apoia projetos, observados um dos três eixos: Formação e Capacitação, Mobilização e Superação de vulnerabilidade econômica e geração de renda. Para envio de projetos a Instituição deve estar em conformidade com o Edital do Fundo Nacional de Solidariedade, disponível em: http://campanhas.cnbb.org.br.
Fonte: CNBB