FORÇAS ARMADAS PROPÕEM PARCERIA COM IGREJA NO BRASIL PARA INTERIORIZAR FAMÍLIAS VENEZUELANAS QUE CHEGAM À PACARAIMA (RR)

Na manhã da quarta-feira, 22 de novembro, o arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil, dom Marcony Vinícius Ferreira, acompanhado do tenente-coronel do Exército, Magno Lopes e equipe, apresentaram aos membros do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) uma proposta de parceria com a CNBB e as dioceses brasileiras para a interiorização dos migrantes venezuelanos que chegam ao Brasil através da fronteira entre os países em Pacaraima (RR).

Dom Marcony explicou que trata do projeto “Operação Acolhida” desenvolvido pelas Forças Armadas de acolhida dos venezuelanos. De acordo com ele, chegam uma média de 500 migrantes por dia. A proposta de interiorização propõe que cada diocese acolha cinco famílias por um período de três a sete meses.

“Estas famílias já serão cadastradas, com emprego e carteira assinada. Mas a gente precisa do acolhimento das dioceses para que essas pessoas possam ter mais dignidade e recomeçar sua vida no Brasil”, afirmou o arcebispo do Ordinariado Militar do Brasil.

Ecossistema de acolhida

De acordo com o tenente-coronel  do Exército, Magno Lopes, a Operação Acolhida organizou um ecossistema de acolhida das pessoas que chegam em Pacaraima. A operação, segundo o tenente-coronel, está organizada em três eixos: a) ordenamento da fronteira; b) o acolhimento; e c) a interiorização. A gestão e coordenação destes três eixos está sendo feita pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome.

O representante das Forças Armadas explicou que a interiorização é feita de forma ordenada, segura e que garante a proteção social, tendo em vista um reencontro familiar e de amigos. A operação garante também a integração econômica, por meio de empresários que se sensibilizam com a realidade e ofertam vagas de emprego aos refugiados e migrantes.

“As forças armadas cuidam da logística até a porta do receptor, seja ele um familiar ou um amigo, instituição ou empresa. Fazemos tudo isto, porque acreditamos que reconhecer os dons e talentos destas pessoas é uma missão para todos nós. A Igreja e o Ministério da Defesa estão bem alinhados com este propósito”, afirmou o tenente-coronel.

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