O Evangelho do vigésimo sétimo domingo do Tempo Comum nos conta a história de um proprietário de terras que desejou cuidar de seus campos. Cuidou deles da melhor maneira que lhe foi possível. Mas teve de viajar e os trabalhadores que deixou como responsáveis pela vinha acharam que eram os donos. Quiseram ficar com os frutos. A tal ponto que, quando o senhor enviou os seus criados para buscarem a colheita, eles os mataram. Atreveram-se a matar até mesmo o seu filho. O senhor desgostou-se e com razão.
Olhemos para as nossas mãos e nossas vidas. A vida da humanidade, nossa família e nossa vida é a vinha do Senhor. Ele a criou e cuidou dela com amor. E a colocou em nossas mãos. Somos responsáveis pela colheita, por viver a nossa vida de maneira fraterna, no amor, na compreensão e na justiça. O fruto que Deus quer é a vida do homem, é a nossa vida. Não somos donos dela. É um presente dado por Deus e Ele nos pede para cuidar dele com amor e que o façamos crescer em liberdade e fraternidade.
Vamos pedir ao Senhor que não nos abandone e que não seja como o senhor daquela terra, que teve de partir e deixar os trabalhadores sozinhos, para que não caiamos na tentação de que a vida é nossa. Para que todas as manhãs saibamos fitá-lo nos olhos, ao começar o dia e, dessa forma, reconhecê-lo como nosso Deus e Criador e lhe digamos que persistiremos trabalhando para tornar o mundo um lugar mais justo, mais humano e mais fraterno. Porque esse é o fruto que Ele deseja receber de nós. Vamos pedir que nos acompanhe ao longo da semana que começa para que jamais nos sintamos distantes da sua presença misericordiosa, para que jamais caiamos na tentação.