Fátima: Missionários da Boa Nova incentivados à oração na peregrinação nacional ao santuário

50.ª peregrinação missionária ao Santuário levou milhares de pessoas à Cova da Iria

Fátima, Santarém, 20 jun 2016 (Ecclesia) – O bispo de Bragança-Miranda presidiu este domingo à Eucaristia de encerramento da peregrinação dos Missionários da Boa Nova ao Santuário de Fátima e destacou a importância da oração para a missão.

“Rezar é como querer bem, o centro da oração não é o que eu faço, mas o que Deus realiza. Não basta o culto externo e o formalismo autossuficiente, é preciso a alegria da fé e da missão. A oração não consiste em falar com Deus, mas em escutar e estar com Deus”, disse D. José Cordeiro.

Na homilia enviada hoje à Agência ECCLESIA, o prelado assinalou que no Evangelho Jesus “aparece frequentemente em atitude orante e silenciosa” como o Evangelho dominical que começou com a narrativa da oração de Jesus.

O prelado presidiu à Eucaristia de encerramento da peregrinação dos Missionários da Boa Nova ao Santuário mariano da Cova da Iria e observou que peregrinar a Fátima “é uma experiência feliz e para muitos única ou o início de uma longa vida de oração”, divulga o Serviço de Informação do Santuário de Fátima (SISF).

D. José Cordeiro recordou que começou a “crescer na fé” com os Missionários da Boa Nova, na missão de Santo António do Dumbi, na Diocese do Sumbe, em Angola, onde recebeu o Batismo e guarda “com muita alegria as belas recordações daquela missão”.

“Conhecer Jesus e segui-Lo é o desafio de todo o discípulo-missionário”, acrescentou, alertando que “o discípulo é discípulo como o Mestre determinou” porque, “às vezes”, se ouve dizer que “cada cristão pode ser discípulo-missionário como lhe apetece”.

“O Mestre apresenta-se no dinamismo do sofrimento e da glória, ou seja, para se viver na alegria da Missão tem de se ter liberdade de escolha, acolhimento da cruz, fidelidade, seguimento e agir como Deus”, desenvolveu o bispo de Bragança-Miranda na homilia.

No Santuário mariano da Cova da Iria, D. José Cordeiro observou ainda que quem peregrina a Fátima sente-se “acolhido pela Virgem Maria” que transmite “uma mensagem de paz, de graça e de misericórdia que centra no coração de Deus”.

A 50.ª peregrinação missionária ao Santuário de Fátima teve como tema ‘Eu vim para que tenham vida’ e da Eucaristia de encerramento destacam-se ainda os momentos da consagração a Nossa Senhora e procissão do adeus, numa celebração com “um total de 40 ou 50 mil” pessoas, segundo o comunicado dos Missionários da Boa Nova.

O encontro anual começou no sábado e do programa constou uma “Sessão Missionária” com a apresentação do musical ‘A Alegria da Misericórdia’, pelo grupo ‘Trilhos de Fé’, de Felgueiras, no Salão do Centro Paulo VI, bem como testemunhos de dois missionários, sobre campos de trabalho em Angola e no Brasil, e de uma missionária brasileira que trabalha em Moçambique.

O superior geral, o padre Adelino Ascenso, presidiu à Eucaristia no sábado, com “cerca de duas mil pessoas”, na Basílica da Santíssima Trindade.

Os membros da Sociedade Missionária da Boa Nova trabalham em Portugal; em Moçambique desde 1937, em 1970 chegaram a Angola e ao Brasil e estão no Japão desde 1998.

Inicialmente denominada Sociedade Portuguesa das Missões Católicas, foi fundada pelo Papa Pio XI, em 1930, respondendo ao apelo dos bispos portugueses; A Sociedade de Vida Apostólica é exclusivamente missionária e depende da Congregação para a Evangelização dos Povos, do Vaticano.

 

Fonte: Agência Ecclesia

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