O Papa Francisco é um exemplo do poder e do serviço, em conformidade com o projeto de Nosso Senhor Jesus Cristo, deixando bem claro para o mundo, na função de bispo de Roma, como exercê-lo, tendo em vista o bem da Igreja e do mundo, consciente do peso do ministério abraçado, quando afirmou: “Não há cruz pequena ou grande, na nossa vida, que o Senhor não venha compartilhar”. Os católicos o têm como modelo de sacerdote, porque o que ele diz, procura vivenciar no dia a dia. Pensemos na força deste seu pensamento: “Se nos comportarmos como filhos de Deus, sentindo-nos amados por Ele, a nossa vida será nova, cheia de serenidade e de alegria”.
O que é mais importante no ensinamento do sacerdote? Eis a resposta de Francisco, a partir da solidariedade: “O meu coração sangra quando penso nas crianças do Iraque. Nossa Senhora, Nossa Mãe, as proteja!” Mas segundo o que assimilei, no conjunto dos tratados da teologia, posso concluir que é o tratado dos sacramentos, visto como algo sagrado, como aquilo que nos comunica a vida de Deus, o centro da vida sacerdotal, sendo sem dúvida alguma, o sacramento da eucaristia, intrinsecamente unido ao sacerdote, algo insondável e inexprimível, do ponto de vista da fé. Urge refletir no que nos fala o Cardeal Aloísio Lorscheider: “É por meio da eucaristia que o sacerdote exerce também seu mais fecundo apostolado, precisamente por ser como sacrifício, a renovação do sacrifício da Cruz e, como alimento, a vida eterna e a ressurreição gloriosa”.
O sacerdote é seguidor e discípulo de Jesus de Nazaré e com uma única alternativa: “Não adianta nada sermos bispos, cardeais ou papa se não formos discípulos do Senhor”. A partir da teologia, no sacerdote encontra-se a vida da Igreja, Sacramento de Cristo, no seu sentido misterioso, como a própria palavra expressa, vida do corpo místico de Cristo, oferecida pelo próprio Cristo, pelas mãos do sacerdote, ungidas das graças divinas. No grau mais elevado, o sacerdote é chamado a exercer a caridade fraterna, quando administra os sacramentos, tornando-se servidor da humanidade.
O exemplo maior e mais elevado vem do Sumo Pontífice, o Papa Francisco, ao realizar agora o seu sonho de missionário, impossível quando jovem sacerdote, junto ao povo coreano, nestas palavras digeridas aos jovens (15/08/2014): “Que vocês, jovens, possam combater o fascínio de um materialismo que sufoca os valores culturais e espirituais autênticos e se afastem do espírito de competição desenfreada que gera egoísmo e conflito”, no sermão o Santo Padre também disse. “Que vocês também rejeitem os modelos econômicos desumanos que criam novas formas de pobreza e marginaliza os trabalhadores”, num ato de ternura, compaixão e solidariedade para com aqueles que carregam o estigma do sofrimento, numa sociedade de crucificados.
Na Missa conclusiva da VI Jornada Asiática da Juventude (em 17/08/2014), como o Papa Francisco soube encantar os povos da Ásia e do mundo inteiro: “Jovens da Ásia, vocês são herdeiros de um grande testemunho, de uma preciosa confissão de fé em Cristo. Ele é a luz do mundo, a luz da nossa vida! Os mártires da Coreia, e tantos outros da Ásia, sacrificaram suas vidas ao Senhor, dando-nos testemunho de que a luz da verdade de Cristo afugenta todas as trevas e o amor de Cristo triunfa glorioso. Cientes da sua vitória sobre a morte, vocês podem enfrentar o desafio de ser seus discípulos, hoje, nas situações de vida em que vivemos e no nosso tempo”.
Francisco, nas suas iniciativas, pensamentos, atitudes e gestos concretos, passa para as pessoas de boa vontade, de um modo didático e pedagógico, a importância da fé como realidade inesgotável: “Quando nosso coração é uma terra boa que acolhe a palavra de Deus, quando se sua a camisa, procurando viver como cristãos, nós experimentamos algo maravilhoso: Nunca estamos sozinhos!”. Na Coreia ele nos ensina a importância da caridade na vida de fé e a viver em uma sociedade, onde, por um lado, há imensas riquezas, e, por outro, cresce silenciosamente uma grande pobreza; uma sociedade que raramente ouve o grito dos pobres, onde Cristo continua a nos convidar a amá-lo e a servi-lo nos nossos irmãos e irmãs necessitados. Dele também aprendamos nesta afirmação: “Deus nos ama. Não devemos ter medo de amá-lo. A fé se professa com a boca e com o coração, com a palavra e com o amor”. Assim seja!