Estamos iniciando o Advento. Nele, preparamo-nos para celebrar a vinda do Senhor no Natal, mas também nos preparamos para a outra chegada: a futura, a definitiva, aquela que não poderíamos perder, pois perderíamos a oportunidade de nossas vidas.
O Evangelho nos diz que a vinda do Senhor romperá com todas as atividades habituais, ou seja, aquilo que nos acontece habitualmente, todos os dias. Deixaremos de fazer pão, de cultivar os campos, de ir ao trabalho e de nos casarmos porque, naquele dia começará algo radicalmente novo. Algo tão novo que, embora continuemos fazendo pão e cultivando os campos e nos dirigindo ao trabalho, tudo terá um sentido diferente, pois o Senhor estará no meio de nós. Sua presença curará nossas feridas, fará a justiça e a paz reinarem entre as pessoas e os povos, e que nossas vidas sejam transformadas. Por isso, nós precisamos estar atentos. Não podemos permitir que a presença do Senhor nos encontre distraídos ou despreparados.
É tempo de dar atenção ao que nos diz Paulo na carta aos Romanos. Já é hora de despertarmos, pois a salvação está próxima. Não sabemos como e quando Jesus chegará, mas sabemos que devemos estar preparados. E, para isso, Ele nos oferece os melhores conselhos: vamos deixar de lado as obras das trevas, todas as vezes que nos deixarmos levar pela inveja, cobiça e desamor. Vamos viver tal como se Jesus já estivesse aqui. Seria a melhor maneira de estarmos preparados. Trata-se, assim, de vivermos à luz do Evangelho, deixando-nos levar pelo amor de Deus, que cuida de seus filhos, de sua família, de nós. Voltemos os olhos para aqueles com os quais vivemos. Com eles, jamais sem eles, nem contra eles. Esta é a maneira como construiremos a solidariedade e a justiça, que farão com que o nosso Senhor nos encontre preparados no momento de sua chegada.
Preparar a chegada do Senhor, no seu humilde presépio ou na sua vinda glorioso é nos esforçarmos para cultivar e viver a solidariedade, a paz, a fraternidade, o amor.
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