Andressa Collet – Vatican News
O arcebispo emérito de Sevilha, dom Carlos Amigo Vallejo, faleceu aos 87 anos nesta quarta-feira (27) no Hospital Universitário de Guadalajara. Segundo um comunicado da arquidiocese local, a morte foi em decorrência de uma insuficiência cardíaca. Ainda não foram divulgados os detalhes sobre o funeral.
Em fevereiro deste ano, ainda com informações do site da Arquidiocese de Sevilha, dom Carlos havia feito uma cirurgia no quadril num hospital de Madri e respondia bem ao procedimento. Ele havia sofrido a fratura enquanto participava da celebração de 25 anos de ordenação episcopal do arcebispo de Madri, o cardeal dom Carlos Osoro.
Ministério fecundo
Nesta quarta-feira (27), dom José Ángel Saiz, arcebispo de Sevilha, estava com o cardeal desde cedo da manhã e lamentou a triste notícia. Ao mesmo tempo, pediu aos fiéis orações pelo descanso eterno de uma figura chave para a Igreja e a sociedade do seu tempo. Dom Carlos Amigo Vallejo foi arcebispo de Sevilha por 27 anos (2 de maio de 1982 a 5 de novembro de 2009), um dos mais longevos episcopados da Igreja em Sevilha. Criado cardeal presbítero em outubro de 2003, com o título da Igreja de Santa Maria de Montserrat dos Espanhóis, participou do conclave que elegeu Bento XVI. Com sua morte, o Colégio dos Cardeais agora é composto por 209 cardeais, dos quais 117 são eleitores e 92 não-eleitores.
Biografia
Nascido em Medina de Rioseco (Valladolid) em 23 de agosto de 1934, ingressou na Ordem dos Frades Menores (Franciscanos), da qual foi provincial da Província Franciscana de Santiago quando foi nomeado Arcebispo de Tânger, em 1973. Iniciou os estudos de Medicina na Faculdade de Valladolid, deixando-os de lado quando entrou no noviciado da Ordem.
Ordenado sacerdote, estudou Filosofia em Roma e Psicologia na Universidade Central de Madri, tendo lecionado em centros de educação especial e filosofia da ciência e da antropologia. Como bispo, dom Carlos Amigo Vallejo participou em várias ocasiões do Sínodo dos Bispos e foi membro da Pontifícia Comissão para a América Latina e do Pontifício Conselho para a Pastoral da Saúde. Em 2011, foi Legado Pontifício para o V Centenário da ereção das primeiras dioceses americanas.