De 23 a 25 de maio, cerca de 300 delegados das Conferências Episcopais de 110 países se encontraram em Roma, para participar do Congresso Internacional de Pastoral Juvenil com o tema “Por uma pastoral juvenil sinodal: novos estilos e estratégias de liderança”, organizado pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (DLFV).
O grupo refletiu sobre os seguintes temas: Frutos e avaliação da JMJ 2023 em Portugal, Jubileu dos Jovens 2025, JMJ Seul 2027, Discernimento vocacional na JMJ, Nova metodologia para um novo tempo, espiritual, Parte I: Realidade dos jovens após a pandemia e em tempos de guerra, Parte II: Liderança juvenil, Parte III: Formação e acompanhamento espiritual de jovens líderes, Parte IV: Resultados do questionário “Christus Vivit”
Representantes brasileiros
A Comissão Episcopal para a Juventude da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), atendendo à convocação do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida (DLFV), enviou a jovem Layla Kamila, articuladora da Equipe Nacional de Comunicação (Jovens Conectados), e o assessor nacional, padre Antonio Gomes, para representarem a conferência do Brasil no Encontro Internacional. A participação brasileira nesse evento internacional reforça o compromisso da Comissão Episcopal para a Juventude com a promoção da juventude e da Evangelização.
Layla Kamila conta que a experiência foi incrível, especialmente a emoção de encontrar com o Papa Francisco e poder dialogar com ele como amigos. Outro ponto destacado por ela, foi a conversar com jovens do mundo inteiro. “Poder viver uma espécie de Sínodo com todas as nações e aprender a praticar a metodologia da conversa no Espírito, além de aprofundar em temas importantes para a Pastoral Juvenil e os mais aguardados como Jubileu 2025 e Seul 2027”.
Audiência com o Papa
O Papa Francisco recebeu em audiência, dia 25 de maio, os participantes do Congresso Internacional de Pastoral Juvenil promovido pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida. O Santo Padre os exortou a apoiar os meninos e as meninas, especialmente os mais frágeis que “deixaram de lado os grandes sonhos e se enredaram na tristeza e na angústia de viver”.
Francisco iniciou o seu discurso, expressando sua “gratidão a quantos colaboraram para o bom êxito da Jornada Mundial da Juventude em Lisboa”. “Foi um grande esforço, mas valeu a pena, porque, depois da pandemia e no meio de tantas tensões internacionais, os jovens precisavam de uma injeção de esperança; e os dias de Lisboa foram uma verdadeira celebração da alegria de viver e ser cristão; uma celebração da esperança que continua viva no coração dos jovens, pois, apesar de todas as adversidades, é o próprio Deus que a alimenta e consolida.”
O Papa disse aos jovens que “encorajados por esta experiência”, eles são chamados “a trabalhar em prol dos próximos eventos internacionais, mas também, e sobretudo, a acompanhar a pastoral juvenil no ‘tempo comum’.
Pensando no Jubileu dos Jovens, no próximo ano, e na JMJ de Seul daqui a três anos, Francisco tem o “sonho” de que os jovens tenham a “possibilidade de fazer com que muitos jovens encontrem Jesus levando-lhes a mensagem da esperança, mesmo àqueles que normalmente não frequentam a Igreja”.
“Penso nos jovens e nas jovens incapazes de olhar para o alto, que vivem sem horizontes, que abandonaram os grandes sonhos e ficaram enredados na tristeza e na angústia de viver. A Ásia é um continente jovem, um continente cheio de vida, e todavia muitos jovens – sobretudo nas grandes cidades – sofrem a perda da esperança e o fechamento em si mesmos, com poucas relações, desmotivados.”
O Papa convidou os jovens a lerem a Gaudete et exsultate, “que é um hino à alegria, e o cristão triste é um triste cristão. A alegria deve ser o alimento do cristão, a expressão do cristão, e se você não sabe o que é alegria, vá para a frente do espelho. Você começará a rir um pouco”, disse o Papa.
A seguir, Francisco recordou alguns elementos que nunca devem faltar no trabalho diário da pastoral juvenil. “O primeiro, que os jovens sejam ajudados a conservar no coração algumas certezas fundamentais: “Deus é amor”, “Cristo salva”, “Ele vive”, “o Espírito dá vida”. Essas são certezas e há também outra certeza: Nossa Senhora os ama porque é mãe. Quatro, cinco verdades simples que jamais nos devemos cansar de anunciar”.
Discernimento espiritual
“O discernimento é uma arte, e os primeiros a aprendê-la devem ser os agentes pastorais: sacerdotes e religiosos, catequistas, acompanhadores, os próprios jovens que guiam outros jovens. É uma arte que não se improvisa; precisa ser aprofundada, experimentada e vivida.”
“Para um jovem, achar uma pessoa capaz de discernimento é encontrar um tesouro. No caminho de fé e na descoberta da própria vocação, um guia sábio ajuda a evitar muitos erros, tantas ingenuidades, inúmeros momentos de confusão e ‘paralisia’”.
Com informações Jovens Conectados/VaticanNews