Ele devia ressuscitar dos mortos!

    A liturgia deste domingo celebra a ressurreição e garante-nos que a vida em plenitude resulta de uma existência feita dom e serviço em favor dos irmãos. A ressurreição de Cristo é o exemplo concreto que confirma tudo isto. Ele devia ressuscitar dos mortos!
    Celebramos o mistério central, fundamento e raiz de nossa fé, o qual não é para ser entendido pela razão, mas para ser aceito pela fé e pelo coração. A ressurreição é um fato real garantido pelo testemunho dos apóstolos, que mesmo avisados por Jesus, foram os primeiros a duvidar e a negá-la. Viram sinais claros da ressurreição, mas não acreditaram. Viram o sepulcro vazio; pediram para tocar em Jesus ressuscitado, apalpá-lo, viram-no comer e beber e, por fim, acreditaram. A nossa crença na ressureição é a fé em Jesus Cristo vivo.
    Jesus Ressuscitado vive conosco, caminha conosco, por isso nosso relacionamento com Ele deve ser de presença, testemunho e de fazer o bem, como construtores da misericórdia e da paz!
    A primeira leitura(cf. At 10,34a.37-43) apresenta o exemplo de Cristo que “passou pelo mundo fazendo o bem” e que, por amor, se deu até à morte; por isso, Deus ressuscitou-O. Os discípulos, testemunhas desta dinâmica, devem anunciar este “caminho” a todos os homens.
    O Evangelho(cf. Jo 20,1-9) coloca-nos diante de duas atitudes face à ressurreição: a do discípulo obstinado, que se recusa a aceitá-la porque, na sua lógica, o amor total e a doação da vida não podem, nunca, ser geradores de vida nova; e a do discípulo ideal, que ama Jesus e que, por isso, entende o seu caminho e a sua proposta (a esse não o escandaliza nem o espanta que da cruz tenha nascido a vida plena, a vida verdadeira).
    A segunda leitura(cf. Cl 3,1-4) convida os cristãos, revestidos de Cristo pelo batismo, a continuarem a sua caminhada de vida nova, até à transformação plena (que acontecerá quando, pela morte, tivermos ultrapassado a última barreira da nossa finitude).
    O Papa Bento XVI ressume bem a alegria que toma conta de todos neste dia santo:  “Cristo ressuscitado dos mortos é o fundamento da nossa fé. Da Páscoa se irradia, como de um centro luminoso, incandescente, toda a liturgia da Igreja, tirando dessa conteúdo e significado. A celebração litúrgica da morte e ressurreição de Cristo não é uma simples comemoração desse evento, mas é a sua atualização no mistério, para a vida de cada cristão e de cada comunidade eclesial, para a nossa vida. De fato, a fé no Cristo ressuscitado transforma a existência, operando em nós uma contínua ressurreição, como escrevia São Paulo aos primeiros fiéis: "Outrora éreis trevas, mas agora sois luz
    no Senhor: comportai-vos como verdadeiras luzes. Ora, o fruto da luz é bondade, justiça e verdade" (Ef 5, 8-9).
    (http://www.derradeirasgracas.com/3.%20Papa%20Bento%20XVI/Cristo%20ressuscita
    do%20dos%20mortos%20%C3%A9%20o%20fundamento%20da%20nossa%20f%C3
    %A9..htm, último acesso em 25 de março de 2018)

    Quero levar a todos os meus cumprimentos e votos de uma santa e abençoada Páscoa. Quero que este meu afetuoso abraço chegue, particularmente, a todos os que estão internados nos hospitais. Que todos sintam a bondade de Deus em sua vida, particularmente, os que mais sofrem, que passam este dia santo nos leitos de seu
    sofrimento. Que Deus cure as suas enfermidades do corpo e da alma. Recebam meu carinho e minha proximidade espiritual. Aproveitemos esse dia santo de Páscoa para reafirmar a nossa adesão a Cristo Ressuscitado. Que o Senhor, tendo vencido o pecado e a morte, para nos libertar de toda a forma de escravidão nos ajude a sermos homens e mulheres novos por seu amor. Aleluia! Feliz Páscoa! Jesus Cristo Ressuscitou verdadeiramente, Aleluia! Aleluia! Aleluia!

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