“EFATÁ!” – “ABRE-TE!”

    Após celebrarmos o mês vocacional, iniciamos esse mês de setembro que é dedicado à Palavra de Deus, celebrando o 23º Domingo do Tempo Comum. Aproveitemos ainda nesse domingo para rezarmos por nossa pátria, pois na próxima terça-feira celebramos a Independência do Brasil e o Dia da Pátria. Rezemos para que todos os brasileiros tenham direito à saúde, educação e emprego e sejam respeitados como verdadeiros filhos de Deus.

    Que nenhum brasileiro seja excluído do direito à vida e que, apesar dos pecados e erros de cada um, não sejam tratados como excluídos da sociedade. Aproveitemos ainda nesse mês de setembro que se inicia para criarmos uma intimidade maior com a Palavra de Deus e tirarmos um tempo do nosso dia para meditarmos sobre ela, seja em família, em comunidade, ou mesmo sozinhos.

    Temos muitos motivos para rezar e bendizer a Deus nesse domingo e durante esse mês de setembro. Escutemos com atenção a Palavra do Senhor e, a partir da escuta dessa Palavra, possamos abrir o nosso coração para servir os mais necessitados. Peçamos a Deus que olhe por nossa pátria e a livre de todo mal, sobretudo, o mal da Covid-19.

    A Primeira Leitura da missa deste domingo (Isaías 35, 4-7). O povo de Deus estava voltando do exílio da Babilônia e muitas pessoas estavam tristes e deprimidas. Por isso, o Senhor fala ao profeta para dizer às pessoas que estavam tristes para criarem ânimo e terem coragem, pois os momentos de tribulação vêm e são passageiros, mas o amor e a salvação de Deus são eternos. Assim acontece na nossa vida, vêm os momentos de sofrimento e tempestade, mas são passageiros. Se confiarmos em Deus, logo vem a bonança.

    O Salmo Responsorial é o 145 (146). O salmista diz que o Senhor é fiel para sempre e está sempre pronto a levantar aquele que está caído e a perdoar os pecados de todos nós. Deus está sempre pronto a nos salvar, mesmo que nos desviemos do caminho correto, Ele está pronto para nos acolher de volta.

    Na Segunda Leitura (São Tiago 2, 1-5) Tiago faz um alerta a sua comunidade, que serve de igual modo para todos nós nos dias de hoje. Se temos fé em Jesus Cristo, não devemos fazer acepção de pessoas, pois o próprio Jesus acolhia a todos. Devemos, em nossas Igrejas ou em qualquer lugar que nos encontremos, acolher os pobres, pecadores e marginalizados, pois todos são filhos de Deus e receberão da parte D’Ele a misericórdia.

    O Evangelho da missa deste domingo (Marcos 7, 31-37). Jesus continua o seu caminho rumo à Jerusalém. Através de sua vida pública, cura muitas pessoas e mostra a todos o amor de Deus por meio de seus milagres e sinais que realiza. Em especial nesse domingo, lhe apresentam um homem surdo que falava com dificuldade e pedem que Jesus imponha as suas mãos sobre ele. Jesus se afasta da multidão com o homem, toca em seus ouvidos e com a saliva toca à língua do homem e diz: “Efatá”, que quer dizer “abre-te”. Imediatamente, os seus ouvidos se abriram e a sua língua se soltou e ele começou a falar sem dificuldade.

    Esse homem, além de não poder ouvir e falar das coisas do mundo, também não podia de igual modo ouvir Deus falar com ele. E não podia falar das coisas de Deus, ele queria encontrar com Jesus e falar com ele, mas não podia, pois falava com dificuldade e não ouvia. Por isso, levam ele até Jesus e Jesus ao tocar nele diz “Efatá” que quer dizer “abre-te”, ou seja, a partir daquele momento ele poderia ouvir Deus falar com ele e do mesmo modo poderia anunciar as maravilhas de Deus.

    Por vezes, somos surdos e mudos para as coisas de Deus e não escutamos Ele falar conosco e com isso não anunciamos Ele para as pessoas. Desde o nosso batismo, somos chamados a sermos discípulos e missionários do Senhor, ouvindo o que Ele tem a nos dizer e transmitindo o seu amor para as pessoas.

    Muitas vezes, por não ouvir Deus em nosso coração, nos desviamos por caminhos tortuosos e acabamos nos afastando d’Ele. Quando percebemos, já estamos no fundo do poço e precisamos que alguém nos conduza novamente a Deus, assim como as pessoas desse Evangelho fizeram com esse homem. Por isso, nos libertemos de tudo aquilo que nos impede de ouvir Deus e falar de seu amor.

    Continuemos no caminho de Deus como seus discípulos e missionários e reconduzindo muitos “surdos e mudos” a Ele, para que novamente recuperem a audição e a fala e possam ouvir e anunciar o amor de Deus. Que o Espírito Santo, luz que vem do alto, nos ilumine sempre e nos faça ouvir o que Deus tem a falar.

    Peçamos, ainda, à Virgem Maria, cuja natividade celebraremos no dia 8, que interceda por nossa pátria ao celebrarmos no próximo dia 7, o Dia da Pátria. Que acima de tudo, amemos essa pátria que moramos e façamos o bem ao próximo, sem olhar a quem.

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