Se o ano inteiro fosse como o Natal, o mundo seria muito melhor
No Natal, nós comprovamos isso: a satisfação de doar-se aos outros com alguma ajuda espiritual ou material é incomparável à que se sente quando se recebe. O desprendimento nos faz sentir em paz e felicidade conosco mesmos.
Ter como premissa básica de vida que “é melhor dar que receber” nos permite libertar-nos das ataduras, sair da egolatria, além de experimentar a placidez que a generosidade produz.
É preciso doar-se com disposição, sem arrepender-se, sem esperar alguma recompensa ou gratidão; o maior beneficiado acaba sendo quem se doou, assim como ocorre quando se perdoa alguém.
Generosidade
Em um artigo publicado por Catolic.net, Francisco Cardona faz uma comparação, para exemplificar o que acontece quando uma pessoa é generosa – ou não.
“Na Terra Santa existem dois lagos alimentados pelo mesmo rio, situados a poucos quilômetros de distância um do outro, mas com características surpreendentemente diferentes. Um é o Lago de Genesaré e o outro é o chamado Mar Morto.
O primeiro é azul, cheio de vida e de contrastes, de calma e tempestade. Em suas margens se refletem delicadamente as flores simples, amarelas e rosas, de seus belos prados. O Mar Morto, por outro lado, é um lago salgado e denso, no qual não há vida, e a água que vem do rio Jordão fica estancada.
O que torna os dois lados tão diferentes, se são alimentados pelo mesmo rio? É simples: o Lago de Genesaré transmite generosamente o que recebe. Sua água, uma vez que chega até ele, parte imediatamente para remediar a seca dos campos, para saciar a sede das pessoas e dos animais: é uma água altruísta. Já a água do Mar Morto se estanca, adormece, salitra, mata: é uma água egoísta, estancada, inútil.
Mundo melhor
Acontece a mesma coisa com as pessoas. As que vivem doado e doando-se generosamente aos outros vivem e fazem viver. As pessoas que só recebem, guardam e não doam são como água estancada, que morre e causa morte ao seu redor.
Podemos pensar que, quando doamos nosso dinheiro, tempo, honra, nós nos empobrecemos e os outros vão ficando com o que era nosso, enquanto nós vamos nos esvaziando cada vez mais. Na verdade, acontece exatamente o contrário.
Quanto mais doamos, mais recebemos. Quanto menos damos do que é nosso, mais pobres nos tornamos. É uma lei espiritual que se cumpre pontualmente, mas que é difícil de aceitar; por isso, poucos se arriscam a pô-la em prática.
Mas há um desafio interessante para quem quiser aceitar. Quem quer viver de acordo com esta lei e doar e doar-se aos outros, terá surpresas muito agradáveis. É melhor dar que receber.”
Neste Natal, façamos o propósito de doar tudo o que pudermos aos outros: sorrisos, amabilidade, abraços, carinho, afeto, amor, apoio, gratidão, harmonia, alegria, tempo, oração, e também os elementos materiais que estiverem dentro das nossas possibilidades.
Se o ano todo fosse como o Natal, sem dúvida alguma o mundo seria muito melhor.