Texto referencial: “levanta-te, pega o menino e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise. Pois Herodes vai procurar o menino para matá-lo. (Mt 2,13).
1 – Toda verdadeira família é sagrada. É abençoada. Invejável. A de Jesus, Maria e José, no entanto o é de modo especialíssimo. Trata-se da família, que Deus Pai escolheu para encarnação do verbo eterno. Desde toda a eternidade, Ele a pensou, a preparou, e no tempo determinado a constituiu. Sem exagero, ela foi um pouco do céu na terra. Nela faltaram conforto, bens materiais e outros, contudo não o amor e, a felicidade e a santidade. Se a família é patrimônio da humanidade (Bento XVI), então, aquela de Nazaré, foi então patrimônio dos céus. Jesus renunciou a estas coisas belas deste mundo, mas não quis renunciar a alegria de possuir uma mãe e nem de ter um pai, mesmo que adotivo. Ele, podia chamar Maria de mãe e ela, podia chamá-lo de filho.
2 – Ser pai ou ser mãe não é era questão biológica. É vocação. É missão. Ela é formadora de personalidades, de heróis, de santos. É preciso recuperar o sentido do aconchego familiar: o lar. Infelizmente, nosso mundo corre demais ao encontro de ter e do prazer. Os filhos não precisam tanto de celulares, mas de um lar, onde o sentido de viver e conviver é sensível. Constatável.
3 – Porque tantos filhos se atiram as drogas, fogem de casa ou até atentam contra a própria vida ou a dos pais? Por que tanta revolta na sociedade? Não sou pessimista, mas falta os valores morais e religiosos, na realidade de nossa sociedade. É preciso recuperar a grandeza e o tesouro da família. Urgentemente. Flores podem nascer, até em pântanos, mas dificilmente pessoas felizes procedem de lares mal ou precariamente constituídas.
4 – Celebramos amorosa e alegremente a festa da Sagrada Família. Ela é referencial para todos os séculos. Mudam os tempos, as culturas, mas a família deve continuar a ser sempre uma verdadeira escola de virtudes, um santuário o de possam desabrochar personalidades.



