Vatican News
A Arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou organizou uma peregrinação por ocasião da visita do Papa ao Cazaquistão de 13 a 15 de setembro para participar do Sétimo Congresso Mundial dos Líderes de Religiões Mundiais e Tradicionais, um evento em favor da paz e contra o uso da religião para justificar os conflitos.
A peregrinação, que se realizará sob o lema “Somos testemunhas da unidade”, começará a partir de Moscou no dia 12 de setembro: a primeira parada é Omsk, uma cidade russa na Sibéria. No dia seguinte, os peregrinos chegarão a Karaganda, no Cazaquistão, e de lá viajarão para Karlag, um dos maiores “gulags” soviéticos onde, entre 1930 e 1960, dezenas de milhares de pessoas perderam a vida. Era também um lugar de martírio para muitos cristãos, inclusive russos. Em 14 de setembro, o grupo se transferirá para Nur-Sultan para participar na missa presidida pelo Papa Francisco na Praça da Expo. Em 15 de setembro, terá início a viagem de retorno a Moscou.
Para dom Paolo Pezzi, arcebispo da Mãe de Deus em Moscou, entrevistado pela redação russa da Rádio Vaticano – Vatican News, esta é uma peregrinação muito significativa para expressar a proximidade dos católicos russos ao Papa Francisco no contexto de sua visita ao Cazaquistão. Estas são as palavras de dom Pezzi:
A visita do Papa ao Cazaquistão é muito importante para nós, fiéis católicos russos. Antes de tudo, porque não sabemos se e quando o Papa poderá vir até nós, e o Cazaquistão é o país mais próximo de nós entre aqueles visitados pelo Papa, portanto, é uma grande oportunidade, também porque é possível viajar ao Cazaquistão com uma certa liberdade. É também uma oportunidade de expressar nossa fidelidade, nosso seguimento e, sobretudo, nosso amor pelo Papa, porque os russos amam o Papa. É isto que nos move a ir em peregrinação ao encontro do Papa Francisco.
No site da Arquidiocese da Mãe de Deus em Moscou há um convite para participar da peregrinação e além do programa há as palavras de dom José Luis Mumbiela Sierra, bispo da diocese da Santíssima Trindade em Almaty, Cazaquistão, e presidente dos bispos da Ásia Central, entrevistado pelo Vatican News:
“Não somos peregrinos em busca de uma unidade inatingível, mas testemunhas de uma unidade já vivida em nossos corações, porque o único Deus habita em nossas almas e nos envia para que todos aqueles que foram criados à sua imagem e semelhança possam desfrutar de sua vida e amor”.