Dom Paulo Evaristo Arns está entre os grandes pastores
que Deus concedeu à Igreja no Brasil. A fala é do bispo auxiliar de Brasília (DF) e secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Steiner, ao recordar os dois anos de falecimento do cardeal arcebispo emérito de São Paulo. No próximo dia 14, se faz memória da Páscoa de dom Paulo Evaristo, o qual ainda se faz presente nas comunidades, na ação pastoral e nas preocupações da arquidiocese de São Paulo.
Segundo dom Leonardo Steiner, dom Paulo faz parte do grupo de homens preparados intelectualmente, com sensibilidade pastoral, atentos para as questões dos direitos, para a questão da paz, da participação e da inserção de todas as pessoas na sociedade brasileira. “Isto é, homens do Evangelho”.
“Dom Paulo Evaristo é uma dessas grandes figuras que a arquidiocese de São Paulo recorda, rememora. Foi uma presença marcante, acolhedora, de paz. Também foi um homem de uma atuação política, não política partidária, mas no sentido da atuação de haver bons partidos, bons políticos, profundamente preocupado com a ética na política e um homem que esteve muito presente nas periferias da arquidiocese de São Paulo”, afirmou dom Leonardo.
Após dois anos de seu falecimento e recorrentemente lembrado por sua atuação em favor dos mais pobres e na defesa dos direitos humanos, dom Leonardo agradece a Deus pelo primo de sangue e irmão no episcopado: “Nós agradecemos a Deus e desejamos nós dar continuidade a essa presença que nós sentimos que ele continua presente nas comunidades, na ação pastoral, nas preocupações da arquidiocese de São Paulo. Dom Paulo é muito recordado por dom Odilo [cardeal Scherer, arcebispo de São Paulo], sempre de novo recordando as passagens da vida, mas especialmente também a ação pastoral”.
Dom Leonardo ainda sublinha que dom Paulo Evaristo “é recordado também pela sociedade brasileira”, seu período à frente da arquidiocese de São Paulo, com sua incansável denúncia de violações durante a Ditadura Militar no Brasil revela uma “presença extraordinária”.
“E que possamos ser todos tão fieis ao Evangelho como ele foi, ao menos tentarmos ser fiéis assim como ele tentou”, almeja dom Leonardo.