O novo Observador Permanente da Santa Sé na sede das Nações Unidas em Genebra, o Arcebispo Ivan Jurkovič, invocou a Organização Mundial do Trabalho a fazer mais para resolver o urgente problema do desemprego dos jovens.
Em discurso na quinta-feira, (02/06), na 105ª sessão da Conferência Internacional sobre o Trabalho, o diplomata esloveno insistiu que criar empregos dignos e bem remunerados para os jovens é uma obrigação moral.
E para isto, prosseguiu, deve-se encorajar “modelos econômicos novos, inclusivos e igualitários, não voltados para poucos, mas que atendam o povo comum e a sociedade como um todo”.
Ilusão
Advertindo que o avanço da tecnologia pode “reduzir o valor e dignidade dos trabalhadores”, o Arcebispo Jurkovič reiterou que medir o progresso humano em termos de crescimento econômico e a acumulação de riqueza material não é realístico.
“O trabalho adquire seu verdadeiro caráter quando é decente e sustentável para trabalhadores, empregadores, governos, comunidades e meio ambiente”.
A globalização – prosseguiu – propiciou novas oportunidades de emprego nas economias emergentes, mas por outro lado, deixou os trabalhadores mais vulneráveis a pressões competitivas por um salário mais alto e uma maior jornada de trabalho.
Laudato Si
Finalizando, o Arcebispo Jurkovič falou dos efeitos negativos das mudanças climáticas no desenvolvimento econômico e social.
Mencionando a Encíclica ‘Laudato Si’, disse que “Não há duas crises separadas: uma ambiental e outra social; mas uma única e complexa crise socioambiental.
As diretrizes para a solução requerem uma abordagem integral para combater a pobreza, devolver a dignidade aos excluídos e, simultaneamente, cuidar da natureza”.
Fonte: Rádio Vaticano