Dia Nacional do Catequista

    No quarto domingo do mês de agosto, rezamos pela vocação para os ministérios e serviços na comunidade e no último domingo do mês é o Dia Nacional do catequista. A Igreja insiste no final do mês vocacional no protagonismo dos leigos, seja nos âmbitos da fé e da comunidade eclesial, mas preferencialmente na esfera do mundo (que será mais evidente no último domingo do ano litúrgico com o dia do fiel leigo como presença no mundo). O leigo cristão tem a missão de ser o fermento de transformação profunda das realidades temporais, vivendo na comunhão da Igreja.

    Os leigos são cristãos que têm uma missão especial na Igreja e na sociedade. Pelo batismo, receberam essa vocação que devem vivê-la intensamente a serviço do Reino de Deus. Na Igreja, existem as diversas vocações: a sacerdotal, a diaconal, a religiosa e a leiga (e aqui podem ser leigos no mundo, leigos consagrados, vocação matrimonial, etc). Todas são muito importantes e necessárias, pois brotam do batismo, fonte de todas as vocações.

    Dentro da comunidade eclesial, os leigos são chamados a desempenhar diversas tarefas: catequista, ministro extraordinário da Sagrada Comunhão, agente das diferentes pastorais, serviço aos pobres e aos doentes. São chamados, também, a colaborar no governo paroquial e diocesano, participando de conselhos pastorais e econômicos. Não como simples colaboradores do bispo e dos padres, mas como membros ativos da comunidade, assumindo ministérios e serviços para o engrandecimento da Igreja de Cristo.

    Catequista é aquele que se coloca a serviço da Palavra, que se faz instrumento para que a Palavra ecoe. O Senhor chama para que, através da vida, da pessoa, da comunicação da pessoa, a Palavra seja proclamada, Jesus Cristo seja anunciado e testemunhado.

    No último domingo do mês (neste ano é também o quarto domingo) celebramos o Dia Nacional do Catequista: qual é a vocação do catequista? Ser catequista é ter consciência de ser chamado e enviado para educar e formar na fé. Sabemos que há diversidade de dons e de ministérios, mas o Espírito Santo é o mesmo. Existem diversos modos de ação, mas é o mesmo Deus que age em todos e realiza tudo em todos. É assim que nos diz a Sagrada Escritura, a Palavra de Deus. Carisma é um dom do alto, que torna seu portador apto a desempenhar determinadas atividades e serviços em vista da evangelização e da salvação. Todo catequista tem um carisma e recebe este dom, que assume a forma do serviço da catequese na comunidade. É uma graça acolhida e reconhecida pela comunidade eclesial que comporta estabilidade e responsabilidade. Ser catequista é uma vocação e uma missão.

    Uma segunda pergunta: qual é a missão dos catequistas? Uma das preocupações fundamentais da Igreja hoje é a formação de seus agentes pastorais. Temos necessidade de muitos e santos evangelizadores. A vocação é essencialmente eclesial e está destinada ao serviço e ao bem da comunidade. A Igreja, como assembleia dos vocacionados à santidade, tem o compromisso e o dever de preparar adequadamente seus filhos e filhas para que realizem, com fé, amor e eficácia, o projeto de evangelização.

    A pessoa do catequista é fundamental para a vida da Igreja. Por meio dela, a Igreja vai exercendo de um modo específico a educação da fé. Bela missão, rica de possibilidades e de desafios imensos. Ao percorrer um ano de atividades, nas suas mais variadas expressões e condições, segundo as diversas realidades pessoais, culturais, geográficas e mesmo de experiência de fé, convidamos todas as pessoas que exercem essa bela e árdua missão a lançarem um olhar sobre o caminho percorrido para avaliação e um olhar para o futuro, para programação.

    O documento Catequese Renovada, números 144-151, apresenta um roteiro geral sobre a missão de catequista, que podemos assim resumir:

    • o catequista exerce sua missão em nome de Deus e da comunidade profética, em comunhão com os pastores da Igreja;
    • o catequista anuncia a Palavra e denuncia tudo o que impede o ser humano de ser ele mesmo e de viver sua vocação de filho de Deus;
    • o catequista ajuda a comunidade a interpretar criticamente os acontecimentos, a libertar-se do egoísmo e do pecado e a celebrar sua fé na Ressurreição.

    Para cumprir bem sua missão, o catequista deve ser uma pessoa inserida na comunidade eclesial, ter um espírito de abertura e humildade para procurar sempre crescer. É indispensável que o catequista tenha uma experiência pessoal e comunitária da fé para que sua missão seja frutuosa. Importante, ainda, é a participação do catequista em cursos de capacitação, mas é necessário também que tenha consciência de ser membro de uma equipe que trabalha para o mesmo objetivo e por isso deve cultivar uma vida comum, refletir, organizar, trabalhar e avaliar junto e, ainda, celebrar comunitariamente a fé e a missão. O Papa Francisco instituiu o Catequista como ministério dando um passo importante no reconhecimento desse dom a tantas pessoas que se dedicam a essa missão na igreja.

             Lembremos, neste domingo, dos catequistas que faleceram em nossas comunidades no último ano. Que a luz perpétua os ilumine pelo bem que fizeram com o seu ministério e o seu testemunho!

             Creio que de maneira generosa devamos lembrar de nossos catequistas neste domingo, sobretudo, com a nossa oração de ação de graças pelo seu serviço generoso, mas sobretudo, rezar pela sua missão!

    Gostaria de fazer um convite para que muitos sintam-se chamados para o ministério de catequista no seio de nossa Igreja. Transmitir a nossa fé católica e educar as novas gerações é um grande desafio e uma urgência em todos os tempos! Deus abençoe os catequistas e nunca lhes falte a graça de Deus neste bom propósito!

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