Caríssimos médicos,
Desde o nosso nascimento, possuímos diferentes virtudes. Amar ao próximo é a mais especial delas. A missão do médico, no entanto, exige amor, sabedoria, habilidade e compreensão para salvar vidas diariamente.
Pelas suas mãos passam as dores e enfermidades da humanidade. Através dos desígnios de sua vocação, transforma os corações desesperançados em esperança, servindo a comunidade como instrumento da Providência Divina.
O Papa Paulo VI, dirigindo-se aos Médicos e ao pessoal sanitário disse que: “Temos em altíssima estima os médicos e os demais membros do pessoal sanitário, aos quais estão a caráter, acima de todos os outros interesses humanos, as exigências superiores da sua vocação cristã. Perseverem, pois, no propósito de promoverem, em todas as circunstâncias, as soluções inspiradas na fé e na reta razão e esforcem-se por suscitar a convicção e o respeito no seu ambiente. Considerem depois, ainda, como dever profissional próprio, o de adquirirem toda a ciência necessária, neste campo delicado, para poderem dar aos esposos, que porventura os venham consultar, aqueles conselhos sensatos e aquelas sãs diretrizes, que estes, com todo o direito, esperam deles”(cf. HV, 27).
O Santo Padre Francisco, recentemente, propôs aos médicos três reflexões. A primeira delas diz respeito à “situação paradoxal” que ocorre em nossos dias com relação à profissão médica: os progressos da medicina e o perigo de que o médico perca a sua identidade de servidor da vida: “O fim último do agir médico permanece sempre a defesa e a promoção da vida”, ressaltou o Santo Padre.
Na segunda, o Papa afirma que, as coisas têm preços e podem ser vendidas, mas as pessoas têm dignidade, valem mais do que as coisas e não têm preço. Por isso, a atenção à vida humana na sua totalidade se tornou nos últimos tempos uma prioridade do Magistério da Igreja.
A terceira reflexão proposta pelo Papa Francisco, foi, na verdade, um mandato: sejam testemunhas e difusores desta “cultura da vida”, recomendou o Santo Padre.
O Santo Padre, o Papa Francisco afirma que “a credibilidade de um sistema de saúde não se mede somente pela eficiência, mas sobretudo pela atenção e pelo amor dispensados às pessoas”.
Se as limitações e desafios da Medicina são grandes, seu trabalho deve sempre perseverar e se tornar incansável na busca do alívio do sofrimento dos nossos semelhantes. Que no final de cada jornada possa celebrar o renascer da vida.
Senhor, que vieste trazer vida e vida em abundância, abençoe nossos irmãos médicos para ser sempre um instrumento de tua misericórdia.
Saúde e Paz.
+ Dom Eurico dos Santos Veloso
Presidente da Pró-Saúde