Dia dos Leigos

    Neste quarto domingo do Mês Vocacional, as nossas preces estão direcionadas para as vocações leigas, onde homens e mulheres desempenham variadas responsabilidades nas comunidades. Eles colaboram por meio de ministérios extraordinários, atividades pastorais e participação em movimentos, os quais contribuem para o dinamismo da Igreja. Esse processo reflete a analogia de que, assim como um corpo tem muitos membros com diferentes funções, nós, em Cristo, somos diversos, mas formamos uma única entidade, interdependente (cf Rm 12,4-5).

    Celebrar a Vocação do Laicato implica reconhecer o chamado divino para ativamente viver o batismo, visando uma jornada coletiva em direção à Pátria Celestial. O âmago dessa vocação está enraizado na certeza inabalável de ser amado por Deus. Isso se torna um sinal tangível da presença do Reino de Deus para os outros e antecipa alegrias eternas do céu. A atração de indivíduos para Cristo ocorre por meio de um testemunho jubiloso, um dom nutrido por uma vida de oração, reflexão da Palavra de Deus, participação nos Sacramentos e vida comunitária, conforme enfatizado pelo Papa Francisco.

    De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, os leigos possuem um papel específico que decorre de sua vocação. Essa função envolve buscar o Reino de Deus ao se dedicar a atividades temporais e organizá-las de acordo com os princípios divinos. O chamado dos leigos é especialmente dirigido para iluminar e direcionar todas as questões terrenas, às quais estão intrinsecamente conectados, de forma que elas continuamente se desenvolvam em consonância com os ensinamentos de Cristo. Esse esforço contribui para glorificar o Criador e Redentor, como expresso no Catecismo (n. 898).

    Antes, o papel dos leigos era menosprezado, valorizando-se principalmente o sacerdócio e a vida religiosa. No entanto, após o Concílio Ecumênico Vaticano II, a importância da vocação e missão dos leigos foi reconhecida, equiparando-os em dignidade aos sacerdotes e religiosos.

    Dentro da comunidade eclesial, os leigos têm várias funções, como catequistas, ministros da Sagrada Comunhão Eucarística, envolvimento em pastorais, auxílio aos pobres e doentes, e colaboração no governo paroquial e diocesano através de conselhos. Eles não são meros ajudantes do clero, mas membros ativos da comunidade, ocupando ministérios e desempenhando serviços para o crescimento da Igreja.

    No entanto, a principal missão dos leigos ocorre no mundo exterior. Eles são chamados a exercer suas tarefas nas realidades cotidianas, como família, trabalho, escola, política, meios de comunicação e movimentos populares. Eles devem testemunhar a mensagem de Jesus Cristo por meio de suas palavras e ações, sendo “sal da terra” e “luz do mundo”.

    Quando os leigos abraçam sua missão específica, é possível vislumbrar uma nova ordem social. O Concílio Ecumênico Vaticano II e os ensinamentos da Igreja enfatizam a participação ativa dos leigos na construção de uma sociedade melhor, melhorando o que está presente e corrigindo o que está errado.

    Eles devem assumir essa responsabilidade confiantes nas bênçãos e orientação divinas, encontrando força nas celebrações, especialmente na Santíssima Eucaristia, para cumprir seu papel na comunidade e no mundo.

    Por meio dos leigos, a Igreja influencia diversos ambientes sociais, difundindo a mensagem de Jesus Cristo e promovendo valores evangélicos de justiça e solidariedade. Eles desempenham um papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa, fraterna e solidária, que reflete o Reino de Deus.

    Saudações em Cristo.

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