Desagregação familiar é plano de fundo do caso do estupro de jovem, diz Bispo

A desagregação familiar é um dos pontos que, na visão do Bispo da Diocese de Petrópolis (RJ), Dom Gregório Paixão, OSB, podem ser observados por trás do recente caso do estupro coletivo contra uma jovem de 16 anos no Rio de Janeiro. Segundo ele, a família, como fundamento da sociedade, deve ser resgatada.

“Olhando o plano de fundo dessa história, vemos uma desagregação familiar e uma total perda de valores humanos na sociedade”, expressou a ACI Digital.

“Em primeiro lugar – declarou o Bispo –, temos que olhar o fato pelo que aconteceu, uma violência. E foi cometido contra uma pessoa que era menor de idade”. O Prelado recordou ainda que no dia 31 de maio, o Senado brasileiro aprovou projeto de lei que prevê pena mais rigorosa para estupro cometido por duas ou mais pessoas, podendo totalizar 25 anos de prisão.

Por outro lado, ressaltou que é preciso “levar em consideração o que vemos por trás disso tudo”, o “plano de fundo dessa história”.

“Os homens que cometeram tal crime são pessoas que não têm valores religiosos, não têm formação familiar. A própria menina começou muito nova uma vida sexual ativa, estava envolvida naquele meio”, indicou.

De acordo com ele, “isso é uma mostra de uma sociedade em que os jovens vão muito cedo para bailes onde o ambiente não é adequado, que possuem uma formação familiar ruim”.

Além disso, observou que “este fato reflete uma sociedade com total ausência de Deus”, porque, “quando se há a certeza que temos um Senhor, buscamos conter as nossas índoles negativas, aprendemos a não tratar o outro como objeto e sim como um irmão”.

Em seguida, o Bispo de Petrópolis mencionou como os depoimentos que surgiram após a divulgação do ocorrido demonstram que “a moça tinha uma vida desagregada”. Lembrou ainda que, diante desses fatos, muitas pessoas passaram criticá-la, chegando até mesmo a dizer que ela mereceu.

Entretanto, ressaltou que a adolescente “é vítima de uma sociedade que abandona seus filhos. A sociedade toda é vítima”.

Além disso, o Prelado chamou a atenção para outra situação, a das pessoas que vêm acusando a menina. “Vemos que aqueles que criticam a jovem são os mesmos que pregam a morte da sociedade, como por exemplo, o aborto. Reclamam da violência, mas pregam outra violência”.

Frente a esta realidade, Dom Gregório Paixão indicou que a forma que a sociedade possui para evitar tais fatos “é voltar ao seu fundamento que é o núcleo familiar, o qual muitos políticos vêm buscando destruir com leis. Temos que retomar a responsabilidade dos pais sobre seus filhos”.

Quanto à Igreja, o Bispo reforçou que deve insistir na defesa dos valores cristãos, “como uma voz que clama no deserto”. “Precisa seguir pregando os valores naturais, a família, não pode desistir de mostrar o caminho da beleza e lutar contra uma cultura de morte. É preciso continuar pregando o Evangelho da verdade”, concluiu.

 

Fonte: Acidigital

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