Depressão na terceira idade: de olho nos sintomas

Confira 6 recomendações que vão ajudar quem está passando pelo problema

Depressão na terceira idade: de olho nos sintomas

Sentir-se limitado para fazer certas tarefas, solidão, perda da saúde com o avanço da idade, redução da capacidade econômica, morte de amigos, falta de atividades e outros fatores podem ser as causas da depressão na velhice. Conheça os sintomas e o que fazer se você estiver nesta situação.

O Instituto Nacional de Saúde Mental do Chile explica em que consiste o transtorno depressivo: “É uma enfermidade que afeta o organismo (cérebro), o ânimo e a maneira de pensar. Afeta também o modo como a pessoa come e dorme, além da autoestima. A depressão não significa fraqueza pessoal,  já que não depende de vontade própria. As pessoas que sofrem de transtorno depressivo não conseguem dizer simplesmente ‘já basta, vou ficar bem’”, declara a entidade especializada.

Entretanto, graças a anos de pesquisas, hoje se sabe que certos medicamentos e terapias são eficazes para curar a depressão.

A depressão na velhice

O transtorno depressivo pode surgir durante o processo de envelhecimento devido, em grande parte, aos acontecimentos que atingem a terceira idade e que podem resultar em uma carga emocional muito pesada para a pessoa. Apesar disso, é errado pensar que a depressão é um aspecto “normal” da velhice; dá para ser feliz e viver satisfatoriamente nesta etapa da vida.

No entanto, há pessoas que apresentam uma maior dificuldade para assimilar as mudanças na velhice e chegam a se sentir deprimidas. Mas por que isso acontece?

Em relação às causas, a Associação Americana de Psicologia (APA) explica que “uma pessoa com idade avançada pode sentir uma perda de controle sobre sua vida devido a problemas na visão, perda da audição e outras mudanças físicas, além de pressões externas, como os recursos financeiros limitados, por exemplo. Estes e outros assuntos geralmente podem causar sentimentos negativos, como a tristeza, a ansiedade, a solidão e a baixa autoestima, que, por sua vez, levam ao isolamento social e à apatia.”

Cabe esclarecer que um transtorno depressivo não é o mesmo que um estado passageiro de tristeza. A depressão tem intensidade e duração maiores. Além disso, a doença contém um conjunto de sintomas próprios.

Sintomas comuns

Entre os primeiros sintomas que saltam à vista estão os relacionados com a alteração do estado de ânimo, como a  tristeza, a perda do interesse pelas coisas que eram feitas  anteriormente e a perda da capacidade de diversão.

Somando-se a isso, o Dr. Luis Carlos Arranz, médico especialista em geriatria, disse que podem surgir ideias de culpa, autocensura, pessimismo, falta de esperança, dificuldade de concentração e vontade de morrer.

Ele acrescenta que alguns sintomas corporais ou somáticos também podem aparecer: “sendo mais frequentes a insônia, a perda de peso com falta de apetite, o cansaço e a falta de energia. Podem existir outras queixas como: disfunções gastrointestinais, vertigem, dores e cefaleia.”

Na terceira idade, os sintomas da depressão podem passar despercebidos, pois geralmente são atribuídos a efeitos secundários de medicamentos, a uma doença física ou a manifestações emocionais transitórias. Desta forma, a família ou as pessoas próximas ao paciente devem prestar atenção e, se os sintomas persistirem por um longo período, devem procurar um especialista.

Como os familiares e amigos podem ajudar a pessoa deprimida

Envelhecer é inevitável na vida. Mas a depressão não deve fazer parte da velhice. Os pesquisadores concordam que o diagnóstico e o tratamento precoce podem diminuir e prevenir as consequências emocionais e físicas da doença.

A APA fornece as seguintes orientações para pessoas mais velhas com depressão:

Seja consciente das limitações físicas. Encoraje as pessoas mais velhas a consultarem um médio antes de mudar a dieta ou começar uma nova atividade que possa comprometer sua resistência.

Respeite as preferências individuais. Devido ao fato de as pessoas mais velhas tenderem a ser menos adeptas às mudanças no estilo de vida, elas podem ser relutantes a adotar novos hábitos ou fazer coisas que outras pessoas de sua idade gostam bastante. Um psicólogo especialista na terceira idade pode ajudar a desenvolver uma estratégia individual para combater a depressão.

Seja diplomático. Uma pessoa mais velha com baixa autoestima pode interpretar expressões de alento e estímulo bem intencionadas como uma prova do agravamento de seu estado. Outras pessoas podem se chatear diante de qualquer tentativa de intervenção. Um psicólogo pode ajudar seus amigos e familiares a desenvolver táticas positivas para lidar com este e outros problemas delicados.

Ofereça apoio. Isto implica compreensão, paciência, afeto, estímulo e saber ouvir.

É preciso ter paciência. O tratamento não faz maravilhas da noite para o dia. Há que se levar em conta o tempo que dura todo o processo, ainda mais quando é do tipo psicológico.

A maioria das pessoas que sofrem de depressão pode melhorar com um tratamento adequado, baseado principalmente em medicamentos e psicoterapia, ajudando a pessoa deprimida a recuperar sua capacidade para ter uma vida satisfatória.

 

Fonte: Aleteia

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