Há 17 anos , um bombeiro encontrou um fragmento da Bíblia que ficou incrustrado em um pedaço de aço fundido dos escombros do ataque terrorista de 11 de setembro sobre o World Trade Center em Nova York, um dia escuro para a história da humanidade como qualificou São João Paulo II.
Em 30 de março de 2002, enquanto os escombros do World Trade Center foram saindo, um bombeiro encontrou o fragmento da Bíblia literalmente “incrustrado” a um pedaço de aço e chamou um fotógrafo que estava por ali.
O fotógrafo Joel Meyerowitz, quando viu o achado, ficou surpreso ao ver que a página que ficou incrustrada no aço derretido era a passagem do Sermão da Montanha, em que Jesus disse: “Ouvistes que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente. Mas eu digo a você: não resista ao maligno. Em vez disso, se alguém lhe bater na face direita, ofereça a outra também “.
Depois de um tempo, o fotógrafo entregou esta peça ao Museu do Memorial do 11 de setembro em Nova York, onde ainda pode ser visto pelos visitantes.
“Este pedaço da bíblia, queimado e coberto de detritos veio a mim nas mãos amorosas de um bombeiro que sabia que eu era o guardião do ground zero”, Meyerowitz disse através de um e-mail enviado em 2015 da Itália.
“Meu espanto com a página da Bíblia que estava aberta me fez perceber que a mensagem da Bíblia sobrevive através do tempo e cada época deve interpretar seus ensinamentos segundo as necessidades da ocasião”, disse ele.
Os ataques
Em 11 de setembro de 2001, o grupo terrorista Al Qaeda sequestrou quatro aeronaves comerciais nos Estados Unidos. Dois deles colidiram com as Torres Gêmeas no World Trade Center, causando a destruição completa desses edifícios.
Os terroristas sequestraram mais dois aviões, um dos quais atingiu uma das paredes do Pentágono na Virgínia e o outro caiu em campo aberto quando terroristas tentavam conduzir a aeronave para colidir contra a Casa Branca, em Washington DC.
Nos ataques, cerca de três mil pessoas morreram e outras seis mil ficaram feridas.
O local onde as Torres Gêmeas foram foi rebatizado como Ground Zero, ou Marco Zero, um nome que no linguajar da arquitetura designa o local onde se inicia o projeto de toda uma cidade. O Papa Bento XVI visitou-o em abril de 2008 para rezar pelas vítimas desta tragédia.
Em 25 de setembro de 2015, o Papa Francisco também foi ao memorial durante sua visita apostólica aos Estados Unidos.
“Este é um lugar onde nós choramos, choramos a dor que gera sentir a impotência contra a injustiça, contra o fratricídio, frente à incapacidade de resolver nossas diferenças com o diálogo”, disse o Pontífice.