Indígenas da Amazônia (Guilherme Cavalli Cimi)
Mariangela Jaguraba – Vatican News
O Programa “Porta Aberta” traz a entrevista com Marília Siqueira que fez estágio na Rádio Vaticano-Vatican News, este ano. Marília é natural de Três Pontas, sul de Minas Gerais, e faz parte da Comunidade Católica Presença que este ano completou 26 anos. A fundadora da comunidade é a leiga celibatária Lucimar Maziero.
Marília já tem dez anos de consagração na Comunidade Católica Presença, uma comunidade nova cuja sede se encontra em São José do Rio Pardo, interior de São Paulo, que tem como carisma “Ser e levar a presença de Deus como fonte de bênção no meio do povo”.
“Nós costumamos dizer que a nossa comunidade não é uma comunidade dos palcos, não contra quem tem esse carisma próprio, como muitas comunidades fazem para a evangelização, mas o nosso carisma é de estar no meio do povo. Então, nós estamos no meio dos jovens, dos adolescentes, das famílias, dos indígenas, no meio dos marajoaras, estamos no meio do povo do norte do Brasil onde temos casa missionária e também em algumas cidades do Estado de São Paulo onde nós temos alguns pontos de evangelização”, disse Marília.
A jovem Marília foi missionária na Amazônia. A Comunidade Católica Presença foi convidada, em 2011, por dom José Luís Azcona para abrir uma casa de missão na Ilha de Marajó, na cidade de Melgaço, cidade com o menor índice de desenvolvimento do Brasil.
“Eu tive esse primeiro contato com a Amazônia nessa casa e eu me encantei por essa missão. Um povo simples, um povo do Norte, um povo do Pará e do Acre. O povo da Amazônia é um povo muito acolhedor. Eu fiquei lá durante uma semana evangelizando e se evangeliza na rua que não tem asfalto, se evangeliza na casa que não tem banheiro, se evangeliza na casa que não tem móvel. E aquilo ali me despertou. No final de 2016, nós abrimos uma casa de missão em Santa Rosa do Purus, divisa do Brasil com o Peru. Nessa cidade, 70-80% da população é indígena. Uma Igreja ferida por não ter a presença da Igreja ali, a presença de um missionário. Era uma paróquia que há três anos não tinha padre. E nós fomos para lá para fazer todos os serviços de uma paróquia”, sublinhou a nossa entrevistada.
Marília disse ainda que a Igreja em Santa Rosa do Purus precisava do carinho e do amor da Comunidade Católica Presença. “Deus disse ao nosso coração: Ama aquele povo como ele nunca foi amado. Fomos pra lá com esse farol, vamos amar o povo”, disse ela.