Vários grupos paramilitares de ex-guerrilheiros estão se transformando em partidos políticos e pretendem se propor como interlocutores num futuro democrático na Colômbia.
É o caso da “Alianza de la unidad Colombiana” (AUC), que comunicou a sua transformação para o movimento político “Alianza de la Unidad Colombiana por la Paz”.
Enquanto a opinião pública no país ainda está dividida sobre a possibilidade de aceitar essas mudanças, da Diocese de Cucuta, Dom Julio César Vidal Ortíz se expressou de modo positivo: “Se derem a eles a oportunidade de fazê-lo, então têm todo o direito. Se as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) o fizeram, e também o Exército de Libertação Nacional (ELN), é claro que outros também querem fazer o mesmo, porque todos são expressão de uma mesma realidade: nascem por causa da pobreza no país, da injustiça e da corrupção. Esses são os fatores que fizeram nascer esses grupos”, declarou o bispo numa nota enviada a Agência Fides.
A nota refere que os ex-membros do grupo paramilitar afirmam que o acordo entre o governo e as FARC sobre a participação política deveria ampliar as oportunidades para aqueles que pertenciam a grupos armados, não obstante fossem “fora da lei”.
Dom Vidal Ortiz, no período de 2002 até 2006, agiu como intermediário no processo de paz entre grupos paramilitares e o Governo de Alvaro Uribe. A sua intervenção pacificadora foi de grande peso para a reaproximação entre as partes naquele momento.
Fonte: Rádio Vaticano
Local: Cucuta