Um “Protocolo de Intenções” será assinado entre a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Rede Clamor Brasil (Rede Eclesial de Migração, Refúgio e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas) na próxima sexta-feira, 13 de agosto, às 14h30, na sede da Conferência em Brasília (DF).
O acordo será assinado pelo bispo-auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, e os três membros da coordenação da Rede Clamor Brasil, padre Agnaldo Pereira de Oliveira Jr. Maria Cristina dos Anjos e irmã Rosita Milesi.
O Protocolo tem a finalidade de expressar por parte da CNBB apoio à constituição da Rede Clamor Brasil, em seu capítulo brasileiro da Rede Clamor América Latina e Caribe, e a aprovação à sua atuação como espaço reconhecido pela Conferência para favorecer e potencializar a ação eclesial articulada em favor da causa das migrações, refúgio e enfrentamento ao tráfico humano.
O documento prevê ainda que a Rede Clamor Brasil se vinculará à Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Sociotransformadora da CNBB e contará com um Bispo referencial a ser nomeado pela Presidência da CNBB, após consulta às entidades que integram o grupo implementador da Rede.
Assinatura de Protocolo de Intenções
A partir da assinatura do protocolo, a CNBB e a Rede Clamor Brasil buscarão animar e estimular a promoção e realização de ações, serviços, campanhas, debates, reflexões, publicações, somando e convergindo esforços, sensibilizando a sociedade, animando as dioceses e instituições eclesiais e motivando novas instituições ou comunidades pela causa das migrações, do refúgio, do enfrentamento ao tráfico humano e temas correlatos ou transversais.
De acordo com a diretora do Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH), a irmã Rosita Milesi, a Rede Clamor Brasil é, por definição, um espaço de articulação das obras e serviços que a Igreja católica implementa e realiza na América Latina e no Caribe junto aos migrantes, refugiados e vítimas de tráfico humano.
“Busca promover uma atuação inspirada na espiritualidade encarnada de comunhão e participação, escutando e respondendo ao clamor do povo forçado a deslocar-se, a migrar, a refugiar-se onde possa encontrar segurança, respeito e dignas condições de vida. Que articuladas, as instituições possam fortalecer o espírito de uma igreja samaritana, que acolhe, protege, promove e integra migrantes, refugiados, refugiadas e vítimas de tráfico”, explica.
A assinatura acontece na sede da CNBB, em Brasília, às 14h30.