“Defendamos nossos Filhos” promove a família natural diante das mentiras da teoria de gênero na Itália
Não partidária e não confessional; não contra o governo nem contra os homossexuais; a favor da família natural, que se baseia no casamento entre um homem e uma mulher abertos à vida e à criação amorosa dos filhos. Este é, em resumo, o objetivo da manifestação que vai acontecer em Roma neste sábado, dia 20, por iniciativa de grupos laicos e de leigos católicos agindo em parceria.
Várias características do evento são chamativas, a começar pelo fato de que não se trata de uma manifestação religiosa, mas sim civil, reunindo cidadãos comuns de diferentes crenças e orientações políticas.
Além disso, a manifestação não conta com uma organização “de cima para baixo”, mas segue a dinâmica das emergências sistêmicas “de baixo para cima”: ela começou com a ideia de um pequeno grupo de cidadãos italianos, que criaram a “Comissão Defendamos nossos Filhos” e organizaram reuniões em todo o país para informar as pessoas sobre a “teoria de gênero”, amplamente desconhecida do grande público.
Essa teoria, que não tem qualquer embasamento científico, prega que a identidade sexual masculina ou feminina não é natural, mas sim uma “construção social” imposta por contextos culturais “machistas e opressores”; se a sociedade “se livrasse dessa imposição cultural”, segundo os defensores da teoria, cada pessoa seria livre para “escolher seu próprio gênero”, num movimento que eliminaria toda diferenciação sexual entre homens e mulheres a fim de substituí-la por um “gênero fluido”, sem papéis definidos para os sexos masculino e feminino. Se fosse posta em prática, tal ideologia destruiria os conceitos básicos de família natural, com consequências sociais, morais e psicológicas imprevisíveis.
Embora não seja claramente divulgada ao grande público (propositalmente), essa teoria já vem se infiltrando há décadas nos governos de dezenas de países de todo o Ocidente graças ao trabalho agressivo de lobbies que se disfarçam de “promotoras da igualdade entre os sexos”. A ideologia de gênero já vem sendo aplicada nas escolas e está transmitindo às crianças ideias e conceitos ideológicos e cientificamente infundados sobre identidade sexual.
Na Itália, as reuniões organizadas pela Comissão Defendamos nossos Filhos foram o primeiro passo para uma reação em cadeia de vários segmentos da população, incluindo tanto associações católicas quanto grupos laicos. Esta foi a origem da manifestação agendada para o próximo sábado, que reage a dois fenômenos bem específicos: a “colonização ideológica da teoria de gênero nas escolas” e a “ideia de que as uniões civis homossexuais equivalem à família natural”. A proposta da manifestação não é impedir que os parceiros homossexuais se unam civilmente conforme desejarem: é apenas deixar claro que existe uma diferença objetiva entre a família natural e quaisquer outras formas de união, e que esta especificidade da família natural não pode ser ignorada pelas leis como se não existisse. A família natural, assim, demanda proteção jurídica e não relativização. Neste sentido, a manifestação quer mandar um claro recado ao parlamento italiano, que está discutindo o projeto de lei Cirinnà: o projeto propõe precisamente a equiparação, na Itália, entre as uniões civis homossexuais e a família natural.
Fonte: Aleteia