Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Uma sessão solene científica marcou o aniversário de 100 anos da retomada das relações diplomáticas entre a Polônia e a Santa Sé nesta segunda-feira (20), em Varsóvia. O secretário vaticano das Relações com os Estados, Dom Paul Richard Gallagher, participou do evento e afirmou que o objetivo de cada nação é o bem comum no sentido mais amplo, o que inclui a promoção da paz interna e externamente.
O arcebispo sublinhou que “cada Estado tem um elemento intrínseco transcendente: depende e se refere a algo além de si mesmo”. Dom Gallagher acrescentou que não trata “somente do aspecto escatológico e de caráter temporâneo de cada ordem pública, mas do fato de que um único Estado nunca pode ser autossuficiente e que ‘é o papel do Estado defender e promover o bem comum da sociedade civilizada’ (CCC, No. 1927).
As relações entre os dois Estados
Em 1919, as relações diplomáticas entre a Polônia e a Santa Sé foram retomadas depois de mais de 120 anos de interrupção. A retomada oficial foi precedida da chegada, um ano antes (29 de maio de 2018), do Visitador Apostólico em Varsóvia, o prelado Achille Ratti. No outono de 1918, depois que a Polônia reconquistou a independência, Dom Ratti estabeleceu as primeiras relações diplomáticas com o governo do país.
A missão do Visitador, o primeiro Núncio Apostólico numa Polônia renascida, foi apresentada pelo professor Stanislaw Wilk, da Universidade Católica João Paulo II de Lublin, durante a conferência organizada no edifício da antiga biblioteca da Universidade de Varsóvia nesta segunda-feira (20). Além do ministro das Relações Exteriores da Polônia, prof. Jacek Czaputowicz, que falou sobre o significado das relações diplomáticas com a Santa Sé, também estavam presentes outros representantes das autoridades polonesas e do mundo da ciência e da cultura, o episcopado local e o corpo diplomático, além do núncio apostólico na Polônia, o arcebispo Salvatore Pennacchio.