Giancarlo La Vella – Cidade do Vaticano
O cardeal Pietro Parolin conversou com os jornalistas sobre questões de atualidade em um diálogo breve e franco. As declarações dizem respeito à Ucrânia, à sua recente viagem à África em nome do Papa Francisco e à nomeação e três mulheres em cargos-chave na Cúria. Na Embaixada da Itália junto à Santa Sé em Roma, o purpurado também falou sobre outra grave crise, a crise da água, que afeta especialmente os países mais pobres. A oportunidade foi proporcionada pela apresentação do livro “O sentido da sede. Água entre geopolítica, direitos, arte e espiritualidade”, de Fausta Speranza.
O pensamento constante à Ucrânia
“O Papa quer ir para a Ucrânia e irá para lá o mais breve possível”. O cardeal Parolin confirma a vontade do Pontífice de ir a Kiev para demostrar sua proximidade com o povo ucraniano devastado pela violência da guerra, recordando por outro lado da viagem ao Canadá em 24 de julho.
Interpelado sobre as consequências globais do conflito na Ucrânia e a fibrilação que está causando nos governos europeus, Parolin diz acreditar que, no cenário mundial atual, “quanto mais estável um governo é, mais ele é capaz de lidar com os muitos desafios que surgem, desafios epocais. Ninguém poderia imaginar que esta guerra causaria uma crise generalizada, tanto do ponto de vista alimentar quanto do ponto de vista energético. Então, obviamente, quando há alguém que tem em mãos as rédeas da situação, isso facilita as soluções”. “Devemos trabalhar todos juntos e não nos dividir!”, salientou.
A viagem à África
Falando da recente viagem à África, o secretário de Estado afirmou: “Fui à República Democrática do Congo e ao Sudão do Sul para assegurar aos habitantes dos dois países que o Papa pretende ir. A viagem foi adiada apenas por suas condições de saúde”.
O secretário de Estado explicou que deve ser escolhido o período mais adequado para evitar as estações chuvosas, o que dificultaria a visita papal. Sublinhou também que estes períodos no Sudão do Sul não coincidem com os da República Democrática do Congo e, por isso, a visita deve ser planejada com cuidado.
As nomeações de três mulheres para a Cúria
Falando da nomeação na quarta-feira de três mulheres para o Dicastério dos Bispos pelo Papa Francisco, o cardeal recordou que “a abertura da Igreja ao mundo das mulheres continua. Até agora não havia mulheres neste”, um ofício muito importante, sublinhou, que é responsável pela preparação dos dossiês a serem apresentados ao Papa para a nomeação dos prelados. E esta é uma consequência da Praedicate Evangelium.
