Cardeal Parolin: na Europa mais esperança e caridade

Cardeal Pietro Parolin na celebração do jubileu de Santa Odília na Catedral de Estrasburgo, na França 
Legado Pontifício na celebração dos 1.300 anos da morte de Santa Odília, o Cardeal Pietro Parolin presidiu uma missa para homenagear a Padroeira da Alsácia em Estrasburgo. Ao falar sobre a baixa taxa de natalidade na Europa, afirmou que “o inverno demográfico europeu resulta do enfraquecimento da esperança e do sentido autêntico da vida e da existência”, pedindo a todos maior caridade

Vatican News

Na tarde do último domingo (04/07) o cardeal Pietro Parolin, secretário de Estado do Vaticano e Legado Pontifício presidiu uma Santa Missa por ocasião da celebração dos 1.300 anos da morte de Santa Odília, na cidade francesa de Estrasburgo. Santa Odília foi proclamada santa padroeira da Alsácia pelo Papa Pio XII em 1947 um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial que havia castigado particularmente este território, invadido pela Alemanha nazista. A presença do cardeal foi também a ocasião para a ordenação do novo bispo auxiliar da diocese, Dom Gilles Reithinger, até agora superior das Missões Estrangeiras em Paris.

Inverno demográfico e emergências migratórias na Europa

Em sua homilia na Catedral, Parolin recordou a figura de Santa Odília, venerada em várias regiões europeias, elogiando seu “exemplo luminoso”. Depois, voltando seu olhar para os acontecimentos atuais do velho continente, refletiu sobre o “inverno demográfico” que a Europa está passando e que o Papa Francisco já havia denunciado como uma emergência de nosso tempo. “A Europa precisa de esperança se quiser que aumente a taxa de natalidade para assim concluir o inverno demográfico, que não é  apenas o resultado de uma crise econômica ou social, mas do enfraquecimento da esperança e do sentido autêntico da vida e da existência”, disse Parolin.

O cardeal seguiu sua homilia lançando um forte apelo para que a caridade na Europa seja reforçada para assim acolher os mais fracos. “A Europa”, afirmou, “precisa de caridade, para colocar no centro de suas preocupações os que sobrevivem na marginalidade, pobreza ou exclusão, e para administrar o fenômeno migratório com sabedoria e clarividência, de modo a viabilizar uma verdadeira integração. Tudo isso para que se torne uma fonte de oportunidade e fraternidade e afaste o risco de separações dolorosas e incompreensões, espectros de uma cultura que nega que todos os seres humanos sejam irmãos, ‘Fratelli tutti’”.

Em seguida o Legado Pontifício fez uma súplica à Santa: “Que Santa Odília nos ajude a viver plenamente a modernidade, como ela viveu seu tempo em plenitude, e que ela nos ajude a abrir nossos olhos para Deus, fonte de nosso ser, guia de nossos passos, luz e salvação. Que Santa Odília interceda por nós para que possamos manter um forte vínculo com Jesus e Maria, sua Mãe. Somente assim poderemos nos unir uns com os outros, sem perder o sentido e a direção correta de nossas vidas, e falar ao próximo sobre as maravilhas de Deus.

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