Bons pastores!

    O 4º Domingo do Tempo Pascal é considerado o “Domingo do Bom Pastor”, pois todos os anos a liturgia propõe um trecho do capítulo 10 do Evangelho segundo João, no qual Jesus é apresentado como Bom Pastor. É, portanto, este o tema central que a Palavra de Deus hoje nos propõe.

    O Evangelho(cf. Jo 10,27-30) apresenta Cristo como o Bom Pastor, cuja missão é trazer a vida plena às ovelhas do seu rebanho; as ovelhas, por sua vez, são convidadas a escutar o Pastor, a acolher a sua proposta e a segui-l’O. É dessa forma que encontrarão a vida em plenitude.

    Quem é o Bom Pastor? Segundo a leitura do Livro do Apocalipse, o Bom Pastor é o Cordeiro imolado)cf. Ap 7,17). Ou seja, o nosso Pastor, a fim de se tornar não apenas “bom”, mas o melhor Pastor para nós, assumiu a forma de ovelha e deu a sua vida por elas. É por isto que as ovelhas o escutam e o seguem, porque reconhecem que seu Pastor é o primogênito entre todas as ovelhas(cf. Cl 1,18). Para Nosso Senhor, ser pastor é ser amor encarnado na vida das ovelhas. E é assim que ele quer que nós sejamos nas vidas de nossos irmãos – ovelhas como nós.

    A primeira leitura(cf. At 13,14.43-52) propõe-nos duas atitudes diferentes diante da proposta que o Pastor (Cristo) nos apresenta. De um lado, estão essas “ovelhas” cheias de auto-suficiência, satisfeitas e comodamente instaladas nas suas certezas; de outro, estão outras ovelhas, permanentemente atentas à voz do Pastor, que estão dispostas a arriscar segui-l’O até às pastagens da vida abundante. É esta última atitude que nos é proposta. Paulo e Barnabé pregavam ao povo acerca do Pastor Jesus que se fez ovelha para nos apascentar até a vida eterna – mas quem ouviu a pregação deles foram apenas aqueles capazes de reconhecer o amor por trás desta forma de pregação: as verdadeiras ovelhas. Vale a pena ressaltar as últimas palavras do trecho dos Atos dos Apóstolos que ouvimos: “Os discípulos estavam cheios de alegria e do Espírito Santo” (13, 52). Apesar das incompreensões e dos contrastes, de que ouvimos falar, o apóstolo de Cristo não perde a alegria, aliás é a testemunha daquela alegria que brota do ser com o Senhor, do amor por Ele e pelos irmãos.

    A segunda leitura(cf. Ap 7,9.14b-17) apresenta a meta final do rebanho que seguiu Jesus, o Bom Pastor: a vida total, de felicidade sem fim.

    Neste domingo, vem espontaneamente recordar a Deus os pastores da Igreja e aqueles que estão se formando para se tornarem pastores. Convido-os, por tanto, a uma especial oração pelos bispos, pelos párocos, por todos aqueles que possuem a responsabilidade de guiar o rebanho de Cristo, de modo que sejam fiéis e prudentes no cumprimento de seus ministérios. Em particular, rezamos pelas vocações ao sacerdócio nesta Jornada Mundial da Oração pelas Vocações, para que não faltem jamais valiosos operários na colheita do Senhor.

    Peçamos ao Pai das Misericórdias que nos ajude a ouvir, reconhecer, seguir e imitar o Cordeiro imolado, nosso Bom Pastor.

     

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