Às vésperas do Dia do Padre, alguns bispos do Brasil recordaram a missão dos presbíteros e escreveram artigos com motivações e preces para que sejam sustentados na vocação a qual foram chamados e fortalecidos diante das dificuldades. Celebrado no dia de São João Maria Vianney, padroeiro dos sacerdotes, 4 de agosto, o Dia do Padre é a motivação para a primeira semana do Mês Vocacional e lembrado no domingo mais próximo da data do Santo Cura D’Ars, neste ano, dia 3 de agosto.
Rezar pelos padres
O arcebispo do Rio de Janeiro (RJ), cardeal Orani João Tempesta, convidou a rezar pelos padres e “pedir ao Senhor que os sustente em sua vocação”.
“Os padres precisam de muita oração para bem conduzir o rebanho a eles confiado. Devemos também suplicar a Deus para que nunca faltem sacerdotes, pois sem padres não há Eucaristia, e sem Eucaristia não há Igreja”, escreveu.
Para ele, a semana dedicada ao sacerdócio “é tempo oportuno para demonstrar gratidão, desejar felicidades e rezar pelos nossos padres”. O cardeal também motivou os fiéis a cuidarem dos padres, respeitá-los como “pais espirituais” da comunidade e ser amigos deles.
“Rezo especialmente por todos os sacerdotes: que o Senhor os recompense e fortaleça para que continuem conduzindo o povo de Deus como bons pastores. Peço que o Espírito Santo os ilumine para que, mesmo diante das dificuldades, permaneçam fiéis ao chamado recebido”, escreveu dom Orani.
Sustento na oração
O bispo de Caxias do Sul (RS), dom José Gilson, recordou que é através da oração que os sacerdotes fortalecem sua comunhão com o Senhor e revigoram as forças para a missão junto ao povo de Deus. E citou a segunda carta de São Paulo aos Coríntios:
“Lembrando que é a força de Deus que age em nós: ‘Não que sejamos capazes de conceber alguma coisa como de nós mesmos; é do Senhor que provém a nossa capacidade. É Ele que nos torna aptos para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, enquanto o Espírito dá vida’ (2Cor 3,5-6)”, escreveu.
Esperança
Em São João Maria Vianney, “encontramos o testemunho silencioso e fecundo de um coração totalmente entregue à missão”, escreveu o arcebispo emérito de Maringá (PR), dom Anuar Battisti, ao dirigir aos presbíteros uma mensagem de esperança.
Em tempos difíceis, afirmou, “ele foi farol de fé, homem da oração, pastor incansável do povo, confessor misericordioso e, sobretudo, alguém que fez da simplicidade e da fidelidade sua maior força”.
Dom Anuar sugeriu voltar à fonte da vocação – o chamado de Deus que os amou e escolheu – em meio aos desafios que marcam o nosso tempo, como cansaço pastoral, desânimo, incompreensões, realidades sociais duras e a solidão.
“Nosso ministério é dom e mistério. E mesmo quando enfrentamos momentos de aridez ou fragilidade, o Senhor continua agindo através de nós. Ele não desiste da sua Igreja, e não desiste dos seus sacerdotes. Por isso, irmãos, levantem o olhar. Reavivem o dom que há em vocês (cf. 2Tm 1,6). Lembrem-se de quando foram chamados, de quando colocaram as mãos no arado, de quando disseram o primeiro ‘sim’. Há uma alegria escondida na fidelidade”, motivou.
Por Luiz Lopes Jr