As irmãs do Cazaquistão fazem “tudo o que uma mãe faria”

Irmã Rita mora e trabalha na Casa Santa Clara, em Kapshagay, Cazaquistão. Lá, ela e mais outras duas Irmãs são responsáveis por um orfanato. Atualmente, elas cuidam de 18 crianças que vieram de famílias disfuncionais. Muitas dessas crianças vivenciaram alguma forma de violência, fugiram de casa e acabaram nas ruas. “Na origem, somos de diferentes famílias, mas Deus nos uniu e somos uma família agora. Estamos sempre com nossas crianças, 24 horas por dia, sete dias por semana. Antes de mais nada, fazemos tudo o que uma mãe faria em casa,” diz Irmã Rita.

As religiosas preparam refeições, lavam roupas, levam as crianças ao jardim de infância, à escola e às atividades extracurriculares. Elas ajudam com as lições de casa, dividem as tarefas com as crianças para lhes ensinar a ter responsabilidades, e, claro, elas rezam juntas. “Cada dia com nossas crianças é cheio de aventuras. Minha maior alegria será vê-las crescer e tornarem-se pessoas boas”.

Comunidade

“Eu escolhi esta congregação, especificamente, por causa da Virgem Maria. Comecei a viver a minha vocação cedo, Maria sempre vem primeiro para mim”, diz Irmã Rita. A Congregação das Irmãs da Imaculada Conceição da Abençoada Virgem Maria foi fundada na Polônia, na década de 50. Até hoje, a congregação é mais atuante na Polônia, porém também está presente em alguns países do Leste Europeu, tal como o Cazaquistão.

As religiosas administram escolas, jardins de infância e abrigo para crianças em quase todos os lugares onde estão presentes. Em Kapshagay, Cazaquistão, uma das missões das vocacionadas é cuidar de crianças. Esta ação começou em 2001 com um padre italiano que estabeleceu um centro de devoção Católica na periferia da cidade. Uma vez que se estabeleceu lá, ele oferecia sopa à comunidade e percebeu que várias crianças vinham receber a sopa quentinha. Ele compreendeu que aquelas crianças haviam fugido de casa. Em seguida, ele pediu às Irmãs que cuidassem delas.

Irmã Maria Lúcia

Minha maior alegria será vê-las crescer e tornarem-se pessoas boas” Irmã Rita.

Vocação

A Irmã Rita Kurochkina tomou a decisão de se tornar uma religiosa há 10 anos. Ela nasceu e cresceu no seio de uma família que não praticava a fé. Aos 14 anos, ela tomou a iniciativa de se preparar para o batismo. “Daquele dia em diante, ia à Santa Missa todos os dias” comentou. Quando ela decidiu entrar para o convento, em contrapartida, a sua mãe não aprovou a sua escolha e se recusou a dar o seu consentimento.

Irmã Rita não queria entrar para a congregação sem a permissão da mãe. Ela levou um ano, após ficar longe de casa cuidando de sua tia, para conseguir, finalmente, em seguida, obter autorização da mãe. “Minha mãe mudou um pouco de opinião quando ela se deu conta de que eu teria uma vida normal. Certamente ela viu o quão desolada eu fiquei por não poder entrar para a Congregação, e ela agora vê como estou feliz”, explicou.

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