Arcebispo de Mariana: “Seja feita justiça”

O rompimento das barragens da mineradora Samarco no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, deixou cinco mortos e 24 pessoas continuam desaparecidas. Pelo menos 500 mil pessoas devem ficar sem água, já que a lama com rejeito mineral deve atingir 23 municípios entre Minas Gerais e o Espírito Santo.

O rompimento causou uma enxurrada de lama que destruiu o distrito de Bento Rodrigues, e a mancha segue pelo Rio Doce em direção ao Espírito Santo, onde já atingiu Linhares, Baixo Guandu e Colatina. A Igreja católica coletou e continua recebendo e distribuindo alimentos, roupas, remédios e outros gêneros de ajuda às vítimas e aos desalojados. Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana, está preocupado com o futuro destas pessoas, e em entrevista à Rádio Vaticano, pede justiça para as vítimas. “É preciso apurar com urgência as causas desta tragédia”, diz. Ouça-o, clicando aqui.

Entretanto, um documento da Promotoria mostrado pelo Jornal da Globo indica que havia risco de rompimento das barragens da mineradora. No papel, consta que “o contato entre a pilha de rejeitos e a barragem não é recomendado por causa do risco de desestabilização do maciço da pilha e da potencialização de processos erosivos”.

“Não foi acidente. Não foi fatalidade. O que houve foi um erro na operação e negligência no monitoramento”, disse o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto, ao telejornal.

A mineradora, por sua vez, informou, em nota, segunda-feira (09/11) que concedeu licença remunerada a todos os funcionários que estão diretamente envolvidos nas atividades relacionadas ao acidente.

Fonte: Rádio Vaticano

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