Aproxima-se o dia da Pátria

    O 7 de setembro que se aproxima deverá este ano merecer atenção ainda maior.
    Seja qual for o desfecho das questões envolvendo o Mensalão, o Lava Jato e seus desdobramentos abrangendo personagens atuantes no mundo político brasileiro, o vencedor precisa ser o povo. Com efeito, nunca na História do Brasil, como em nossos dias, tanto se falou em corrupção. Ontem, hoje, amanhã e sempre haverá corruptores e corrompidos, mas estarrecida se acha a nação diante de tanta desfaçatez.  Na época de Carlos Lacerda com seu verbo inflamado, triste o fim de um dos presidentes da República. Nos idos de 1954, de fato, se falava em “mar de lama”.
    Hoje as acusações de desvio do dinheiro público publicadas na imprensa, são gravíssimas e merecem mesmo continuar a serem apuradas com todo o rigor. Eis a esperança dos brasileiros.
    É verdade que dois últimos Mandatários supremos do país pessoalmente têm saído ilesos e nada respinga em sua honra. Afirmam que não sabiam de nada e, portanto, se dizem inocentes perante o descalabro moral que resultou na tragédia atual. Seus governos, contudo, coincidem com um dos mais turbulentos momentos da história republicana com crise ética e política de proporções assustadoras. Quem, porém, acompanha o desenrolar dos acontecimentos percebe que medidas urgentes devem ser tomadas. . Cumpre uma renovação de homens e de ideias.
    Há, contudo, conchavos que reúnem alguns que antes eram acusados das piores façanhas para se enriquecerem ilicitamente. Isto mostra que não há divisores de água quando se trata do interesse pessoal. A política não pode ser o jogo da fraude e da incapacidade, pois isto, na linguagem de Rui Barbosa, não passa uma mera condenável politicagem.
    As recentes manifestações populares contra a atual situação vivida no Brasil foram  uma advertência à atual Presidente, cuja impopularidade  mostrada na  pesquisa  CNI – IBOPE reflete o sofrimento de um povo que merece situações bem diversas das que está atualmente vivendo.
    A análise, porém, feita por abalizados cientistas políticos é desanimadora. Mostra de um lado uma Presidente desnorteada e, o que é mais grave, partidos da oposição que não apresentam um roteiro seguro com alternativas para mudar o rumo dos acontecimentos.
    O sociólogo Fernando Henrique Cardoso insinuou que a Presidente ou renuncie ou peça desculpas aos brasileiros pela situação caótica na qual colocou o país. Como ela se posta sempre com uma dama de ferro, jamais renunciará. Como se julga a dona da verdade, nunca pediria perdão, dado que apela sempre para o surrado refrão de que amanhã as coisas estarão melhores com suas propaladas medidas administrativas.
    Que o povo continue então  manifestando seu descontentamento com a crise vigente! Que os políticos se lembrem que Política é a arte de bem governar para a ventura de toda uma população e não fazer o jogo dos interesses partidários ou pessoais.

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