Rancagua (Agência Fides) – O Bispo de Rancagua, Dom Alejandro Goic Karmelic, que nesses dias celebra seus 50 anos de sacerdócio (12 de março de 1966), reiterou que o salário mínimo, em vigor desde 1° de janeiro deste ano, não é conforme a situação atual.
“O que eu disse em 2007 ainda é válido”, afirma o prelado numa nota enviada à Fides. Devemos nos colocar no lugar dos mais pobres. Naquela época indiquei uma cifra simbólica, mas passaram-se 10 anos, e é claro que os 250 mil pesos de então não correspondem a 2016. É preciso pensar que a riqueza poderia ser distribuída de maneira justa para que todos vivam com mais dignidade”.
Em 2007, poucas semanas depois de que a sociedade minerária estatal Codelco alcançou um acordo com os trabalhadores terceirizados que se mobilizaram (veja Fides 23/04/2008), Dom Goic afirmou, numa entrevista para a televisão chilena, que o salário mínimo de 144.000 pesos (US $ 277,5) deveria ter sido substituído por um “salário ético”, que a seu ver não deveria ser inferior a 250.000 pesos (US $ 480). O seu pronunciamento, de então, causou reações contrastantes na política, nos grupos sociais e nos empresários do país.
“A solução consiste em encontrar a maneira de ser uma sociedade mais justa. O Chile parece ser um dos países mais desiguais do mundo e neste sentido devemos melhorar”, concluiu o Bispo.
Fonte: Agência Fides