Buenos Aires (Agência Fides) – “Celebramos na fé e como argentinos o Bicentenário da Independência do nosso país”, recordando que “é um erro pensar que o universalismo próprio da fé num Deus que é Pai de todos os homens não possa ser compatível com a pertença a uma terra, a uma nação com a sua história e as suas tradições”. É o que afirma o Presidente da Conferência Episcopal Argentina, Dom José María Arancedo, Arcebispo de Santa Fe de la Vera Cruz, por ocasião das celebrações pelo Bicentenário que têm seu ápice em 9 de julho, em todo o país.
“Recebi a minha fé como um dom de Deus, mas numa família e no contexto de um determinado país. Eu amo Deus e amo o meu país – acrescentou -. A fé não isola, mas é um caminho de encontro, de respeito e de diálogo”. “Existe uma Argentina que está sendo construída continuamente e necessita do protagonismo de todos. A pátria é um dom e uma missão”, destacou, recordando o documento dos Bispos intitulado de maneira significativa “O Bicentenário. Tempo para o encontro fraterno dos argentinos”, publicado no mês de abril e convidando a aprofundá-lo.
A celebração principal se realizará em Tucuman, local da assinatura da declaração de independência, onde na Catedral de Nuestra Señora de la Encarnación o Arcebispo Alfredo Zecca preside na manhã de sábado o solene Te Deum, com a presença do Presidente Macri e de outras autoridades nacionais e provinciais. Além disso, estarão presentes o Presidente da Conferência Episcopal, Dom José María Arancedo, o Secretário-Geral, Dom Carlos Humberto Malfa, outros bispos da região e o Núncio apostólico, o Arcebispo Paul Emil Tscherrig. O Arcebispo de Buenos Aires, Card. Mario Aurelio Poli, preside esta manhã a Missa de ação de graças e o canto do Te Deum. As celebrações pelo Bicentenário tiveram início na sexta e prosseguem sábado e domingo, em várias igrejas de todo o país.
O Papa Francisco, numa mensagem enviada ao Presidente da Conferência Episcopal para esta ocasião, expressa aos Bispos, às autoridades e a todos os argentinos a sua proximidade e garante a sua oração. “Sobretudo – escreve o Papa – desejo estar próximo daqueles que sofrem mais: os doentes, os que vivem na pobreza, os detentos, os que estão sós, os desempregados, os que são ou foram vítimas do tráfico, do comércio de seres humanos e da exploração de pessoas, as crianças vítimas de abusos e tantos jovens que sofrem o flagelo da droga… São os mais sofredores da pátria”.
Fonte: Agência Fides