Amar é uma atitude séria!

    Na segunda leitura do quinto domingo da Páscoa, o apóstolo São João insiste que o autêntico amor se traduz em obras e em verdade. Em outras palavras, o amor entre os membros da comunidade, para ser verdadeiro, precisa reproduzir o de Jesus, fiel ao Pai e misericordioso em relação às pessoas, levado às extremas consequências. Essa é a verdadeira prova de pertencermos à verdade de Deus.
    O amor entre as pessoas tende frequentemente a se desviar de sua dimensão, mas o importante é conservar aquela sintonia que nos permita ter confiança em Deus, a ponto de sermos por Ele ajudados na tarefa de amar.
    Quando podemos ter certeza de sermos atendidos ao pedir qualquer coisa? O autor da carta apresenta a condição fundamental: quando guardamos os mandamentos de Deus, sintetizados aqui num só: a fé em Jesus traduzida em relações comunitárias fraternas. Isto quer dizer que, se não existe amor, também não há fé no nome de Jesus. O amor é, portanto, a expressão visível da fé em Deus. Sem ele não há cristianismo, nem religião, nem fé.
    Quem garante isso é o Espírito de Jesus, que impulsiona a comunidade a viver o mesmo amor de Cristo, que amou incondicionalmente, até o fim.
    Esta segunda leitura pretende ajudar a comunidade a superar a desconfiança e a frieza entre seus membros. O que nos caracteriza hoje como discípulos do Senhor? O que fazemos por aqueles cristãos que são perseguidos? É possível ser cristão sem lutar pelo direito e pela justiça?
    São questionamentos que devemos nos fazer a nós mesmos e tentar responder com sinceridade e com amor. Observamos muitas pessoas dizerem que são que amam, que sabem que amam o Senhor. Mas no dia a dia, no cotidiano, as suas atitudes são de desunião, de ódio, de perversidade, de perseguição. Amar é acolher o outro do jeito de Jesus. Vamos viver o amor de maneira pascal!