Minya (Agência Fides) – O Supremo Tribunal de Beni Mazar condenou a três anos de reclusão um professor copta com a acusação de ultraje ao Islã. O fato pelo qual o professor deveria ser preso aconteceu na primavera passada, na escola do povoado de Nasiriyya, perto da cidade de Beni Mazar, na província egípcia de Minya (veja Fides 28/5/2015). Quatro estudantes da escola foram presos por terem aparecido num vídeo de poucos segundos filmado com um celular em que se encenavam uma estrangulação de um fiel muçulmano em comportamento de oração, imitando as horríveis execuções perpetradas pelos jihaditas do Estado Islâmico (Is).
O filme breve, que representava uma acusação contra as atrocidades cometidas pelos jihadistas do Estado Islâmico, desencadeou a raiva e falsas acusações de elementos islâmicos da área que obrigaram as autoridades locais a intervir para trazer a calma, convocando em 17 de abril passado uma reunião de “reconciliação” entre cristãos e muçulmanos, com a participação do imame e sacerdotes da área. Os quatro jovens foram presos também para não serem vítimas de eventuais vinganças violentas, e as famílias tiveram que pagar uma caução de 10 mil liras egípcias para a libertação de cada um deles. O professor, julgado corresponsável da gravação e sua difusão, foi obrigado a deixar com a sua família o povoado de Nasiriyya. Agora, o processo judiciário aberto para esse fato o condenou a três anos de reclusão.
Fonte: Agência Fides